A questão fica mais fácil de entender se a personalizarmos. O que foi mais importante para a goleada do FC Porto sobre o Benfica: a inspiração de Hulk, como pretendeu fazer crer Jesus, ou a invenção do treinador do Benfica, que por isso mesmo teria apontado o dedo ao avançado portista? Mas além de assim lhe darmos laivos de injustiça, pois apagamos da fotografia todos os outros intervenientes, esta é uma questão de resposta impossível. Há mérito do FC Porto, com Hulk à cabeça mas muita gente a seguir-lhe as pisadas, e há demérito do Benfica, com a catástrofe estratégica introduzida pelo treinador a ganhar peso na pálida imagem deixada no relvado. Uma coisa começa onde acaba a outra e, sim, ambas foram muito importantes na forma como decorreu o clássico.
O mais fácil é destacar o mérito do FC Porto. A forma fantástica de Hulk, bem à vista no modo como deixou David Luiz parado na arrancada para o primeiro golo. Mas também a inspiração de Belluschi, que partiu o central adaptado benfiquista ao meio com a simulação que conduziu ao segundo tento. Ou ainda a segurança de posse de bola que João Moutinho dá à equipa. Bem como a disciplina táctica que esta mostra sempre, mérito de André Villas-Boas, que mudou a cara de um onze que era mais dado à velocidade das transições e que agora está melhor em ataque organizado e no momento defensivo. Aliás, o mérito de Villas-Boas não pode esgotar-se no jogo de anteontem, porque o FC Porto foi anteontem igual ao que tem sido quase sempre.
Mas a pergunta é legítima: renderia o FC Porto tanto sem as invenções de Jorge Jesus? Teriam Hulk e Belluschi tantas facilidades nos dois primeiros golos contra um lateral rotinado e veloz nos espaços curtos como Coentrão? Provavelmente não. E esta sublimação da componente estratégica do jogo torna-se tanto mais incompreensível quando Jesus já tinha sofrido com ela em outras ocasiões: a última goleada encaixada pelo Benfica (os 1-4 em Liverpool) tivera a mesma marca, a mesma obsessão em montar a equipa não em função das suas qualidades mas a pensar na anulação das armas do adversário.
Em suma, o FC Porto é a melhor equipa do campeonato e em condições normais ganharia sempre o jogo - e isso é mérito de André Villas-Boas. Mas o Benfica esteve abaixo do que seria normal e por isso não só perdeu como foi goleado - e aí há algum demérito de Jorge Jesus.
2 comentários:
Creio que não houve nenhum demérito por parte do treinador do SLB de seu nome Jorge Jesus(?)(JJ).Houve sim, por parte do dito cujo, um enorme mérito. Sublinho mérito porquanto: Qual o teor das palavras do dito cujo no cumprimentou com um sorriso de orelha a orelha ao mestre corrupto-mor? Certamente houve algo! Até porque, de seguida o dito cujo pediu um aumento de vencimento de 200%. E partir daí o que houve? Deleixo/negligência na preparação da equipa. A olhos vistos! Porra!
SLB4ever
Ai Ai esse mau perder, parece que as 5 bananas não serviram para os calar
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