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22 setembro 2010

A bola vai ao contrário

Há anos, João Rocha referiu-se aos jogadores de futebol como «gente que já sabe comer de faca e garfo».

O antigo líder do Sporting, no início dos anos 80, usou essa expressão infeliz para sublinhar o aumento do nível cultural dos futebolistas. De então para cá, ainda que não tenham sido proferidas declarações semelhantes, a verdade é que o profissional da bola, sem embargo da condição de ídolo das massas, continua a ser visto de soslaio por franjas significativas da sociedade.

Diz-se que tem a inteligência nos pés, que aufere salários obscenos, que exacerba a petulância. Diz-se tudo isso e muito mais. O que não se deveria dizer. Mas já se deveria dizer que os artistas (jogadores) e os genitores das tácticas (treinadores) prosseguem, cruelmente, num papel subalterno nesse singular universo nacional do futebol.

Estes dias, no canal público de TV, um debate sobre as peripécias da bola levaram ao painel autarcas, jornalistas, empresários, até especialistas em sondagens. No “galinheiro”, ainda que no poleiro principal, mas com pouco tempo para dar ao pio, encontravam-se os verdadeiros representantes da causa.

Lá estava Toni, José Augusto, o líder do Sindicato dos Jogadores, o presidente da Associação de Treinadores. Alguém imagina um debate sobre saúde, sem que médicos ou enfermeiros usufruam de primazia? Onde estava Luís Figo? Vítor Baía? Rui Costa? Simões, Gomes ou Oceano? Mário Wilson, Artur Jorge ou Manuel José? Há quem jure que a bola é redonda, mas apetece jurar com maior veemência que a bola anda ao contrário.

3 comentários:

A ver se entendo! Toni e José Augusto o que é que tem de diferente dos outros nomes mencionados? Não foram jogadores de futebol também?
Ainda se fossem mencionados jogadores no activo... agora Figo, Baía, Rui Costa, Simões, etc., que eu saiba já estão "desactivados"!

Como em todas as profissões, os artistas do futebol actual abrange todos os níveis culturais e morais, e descende de todas as classes da sociedade. Na minha opinião, este "falatório cultural" está desajustado no tempo, já não faz sentido.

Saudações benfiquistas.

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