Neste blog utilizo textos e imagens retiradas de diversos sites na web. Se os seus autores tiverem alguma objecção, por favor contactem-me, e retirarei o(s) texto(s) e a(s) imagem(ns) em questão.
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31 março 2011

Festejos no plural


Os adeptos da bola interrogam-se. Qual é mesmo a melhor equipa nacional da atualidade? O FC Porto, líder destacado do Campeonato e intérprete de uma excelente campanha europeia? Ou o Benfica, próximo de garantir triunfos na Taça de Portugal e na Taça da Liga, protagonista também de um recente desempenho europeu de grande qualidade?

O FC Porto terá sido mais forte no começo da temporada, ainda que não deslumbrasse. Já o Benfica fez uma caminhada ascensional e, desde Janeiro, tem-se revelado o conjunto de maior valia e capaz de proporcionar os mais sedutores espetáculos. Jorge Jesus tem razão quando diz que orienta a equipa que melhor futebol pratica em Portugal.

Oque vai acontecer este fim-de-semana? O FC Porto quer manter a invencibilidade, algo de que só o Benfica se pode orgulhar, depois da brilhante prestação na época de 72/73. Proeza de resto reeditada na temporada 77/78, ainda que ironicamente não tenha tido correspondência com o triunfo no Nacional.

Oembate de domingo vale mais, muito mais, do que os três pontos da praxe. O FC Porto quer fazer história, o Benfica não quer que o FC Porto faça história. O FC Porto quer provar que é melhor, o Benfica tem a mesma motivação. Qual dos dois emblemas sairá vitorioso? O Benfica dos últimos meses tem mais argumentos. Chegará para derrotar o líder invicto? Caso não haja questões laterais, tudo aponta que sim.

Depois de um início de época titubeante, também com fartas razões de queixa das arbitragens, o Benfica como que se reabilitou. A equipa, no essencial, exibe-se à semelhança do mais atraente e brilhante que fez na época passada com alguns momentos de verdadeiro esplendor na relva. Por isso é que este Benfica tem um atraso imoral em relação ao FC Porto no Campeonato. Por isso também, é que este Benfica vai terminar a temporada com festejos a fazerem plural.

Como tripeiro (significa portuense..., e com enorme orgulho nisso), só posso pedir que tudo se decida na relva, e eu acredito que vai ser de uma forma Gloriosa!!!!!!

19 março 2011

A caminho da tripla, apesar de xistrados


Desde a imoralidade de Braga que o campeonato ficou irremediavelmente perdido para o Benfica, apesar de uma sucessão espetacular de triunfos consecutivos, razão de sobra para reconhecer os excelentes espetáculos que a equipa proporcionou nas mais diferentes paragens. Depois de tantas incidências devassas na fase inicial da Liga, aconteceu a machadada final nas aspirações benfiquistas. Razões competitivas? Nem pouco mais ou menos. Razões laterais? Reconhecidas até por muitos que não simpatizam propriamente com o encarnado.

O empate caseiro frente ao Portimonense acaba por ser a consequência natural de uma equipa que se despediu (foi também impelida) do título nacional. Jorge Jesus, com a anuência dos adeptos, optou por colocar uma formação de recurso. As atenções do Benfica estão agora mobilizadas para outras frentes, todas as outras, designadamente a Taça da Liga e a Taça de Portugal.

E a receção, dentro de dias, ao FC Porto? O embate vai constituir uma questão de honra na Luz. Até hoje, campeão invicto só houve um e não parece que o Benfica queira ver o seu adversário reeditar uma proeza inédita no association português. Entretanto, na Liga Europa há condições para eliminar o Paris SG. Os campeões nacionais partem em vantagem e têm condições bastantes para imitarem o recente desempenho de Estugarda.

O Benfica, apesar de tudo, pode comemorar, ainda esta temporada, a dobrar ou... a triplicar. Haja lisura, haja justiça, que o coletivo tem tudo para ser bem-sucedido. Não haverá um Benfica bicampeão nacional, mas pode muito bem acontecer um Benfica tri... vitorioso. Ou será que não?

04 março 2011

O regalo Benfica


Houve ou não houve justiça naquele golo de Fábio Coentrão, a quatro segundos do termo da partida? Foi a 17.ª vitória consecutiva de um Benfica pujante, completamente ao nível do que melhor exibiu na temporada passada.

Oque pode ganhar a equipa de Jorge Jesus? Tem a Taça de Portugal e a Taça da Liga no horizonte, duas provas que podem corresponder a outros tantos troféus. E na Liga Europa? Aquele Benfica autoritário, determinado, convincente, que se exibiu em Estugarda, pode ou não bater-se pelo triunfo na competição? A resposta é afirmativa. Existem adversários de elevada cotação? Existem adversários que provocam receio? E o que dirão esses mesmos adversários da perspetiva de se cruzarem com o Benfica? Não ficarão também receosos, sobretudo perante a sensacional trajetória dos campeões nacionais no último trimestre?

Eo Campeonato? O FC Porto não cede terreno, mas ainda tem jogos complicados para disputar e vai mesmo à Luz. As contas estão encerradas? É caso para dizer que, se estão, tal acontece desde a quarta jornada. E o que se passou na fase madrugadora da nossa Liga? Importa lembrar os jogos com a Académica, o Nacional e o Vitória de Guimarães. Não havia, na altura, este Benfica? Mas também não houve imoralidade que chegasse, ao ponto de inquinar, porventura de forma irreversível, a verdade competitiva.

Aconteça o que acontecer, este Benfica é um regalo para a vista. Joga bem, joga bonito. Joga o que os outros não jogam, isto é, joga mais, joga melhor.

04 fevereiro 2011

Mindgames


O futebol é mesmo fascinante e, não raras vezes, imprevisível. Alguém se lembra do Benfica oscilante, ainda que também muito prejudicado pelas arbitragens, do começo da temporada? Alguém se lembra do Benfica goleado no Dragão no começo do mês de Novembro? Alguém se lembra dos vaticínios que muitos fizeram ao Benfica, projetando-lhe uma época medíocre? Alguém se lembra dos disparates que se disseram acerca de Roberto e de outros ativos do Benfica?

Ao cabo da décima quarta vitória consecutiva, o Benfica é a única formação portuguesa que pode vencer todas as competições em que está envolvida. Melhor ainda, na Taça de Portugal e na Taça da Liga já numa fase muito adiantada. Que Benfica é este? Um Benfica muito próximo do que se viu deliciosamente no ano passado. Sem Di María, Ramires e agora David Luiz? Mas com outros excelentes executantes num coletivo homogéneo, competente, ambicioso.

O triunfo no Dragão foi de uma justeza inequívoca. Até em inferioridade numérica, após decisão incorreta do árbitro, o Benfica jamais se intimidou. Do outro lado, para mais em terreno próprio, não estava o líder do Campeonato? Não estava a mesma equipa que, não há muito tempo, tantos consideravam imbatível? E o que se viu? Uma lição vermelha de bola, muito bem planeada e praticada até aos mais ínfimos pormenores.

Que Benfica no futuro imediato? Seguramente, este mesmo Benfica. Determinado e moralizado. Um Benfica que, também certamente, não deixará de vencer mais do que uma das provas que estão em curso. E na Liga nacional? Com menos FC Porto e mais Benfica ninguém pense que as contas estão encerradas.

As mindgames vão continuar, e eu gosto de jogos psicológicos, mas o exemplo dos últimos dias faz-nos sorrir, ainda há muito campeonato para disputar, e eu acredito!!!

21 janeiro 2011

Benfica (con)vence


O Benfica continua no registo vitorioso. Melhor ainda, revela franca superioridade relativamente aos seus antagonistas. Embora o embate frente à Académica, devido às contingências do próprio jogo (sobretudo a justa expulsão de um adversário ainda no primeiro tempo), tenha dado para ver uma equipa demasiado relaxada, todos os indícios têm sido prometedores.

A inda no despique de Coimbra, não custa reconhecer que o golo foi irregular. Razão para questionar o triunfo encarnado? Nem pouco mais ou menos. Até ficaram duas grandes penalidades por assinalar com claro prejuízo para os comandados de Jorge Jesus. De resto, o Benfica entrou fulgurante no jogo e dispôs de várias ocasiões de golo.

O mês de janeiro, já se sabia, era de forte carga competitiva. Até agora, a trajetória do conjunto tem sido imaculada. Imaculada e, por via disso, promissora. São as vitórias que trazem outras vitórias. São os triunfos que trazem outros triunfos. O Benfica está melhor, muito melhor. Emocionalmente mais forte, pratica um futebol escorreito que, não poucas vezes, faz já recordar o que de melhor exibiu na temporada transata.

Desde a quarta jornada da Liga que a equipa não perde terreno em relação ao FC Porto. Até recuperou um ponto e já se deslocou ao Dragão. Ao invés da época passada, continua em prova na Taça de Portugal, também nas outras competições.

Que Benfica até ao termo do ano futebolístico? Seguramente, um Benfica cada vez mais empreendedor. Para ganhar títulos? Seguramente, um Benfica cada vez mais convincente.

07 janeiro 2011

Mais Benfica


O Benfica ganhou, o FC Porto perdeu. Era para a Taça da Liga? E não conta? O Benfica ganhou bem frente ao Marítimo, o FC Porto perdeu bem frente ao Nacional. Acabou o mito da equipa invencível? Para mais no seu reduto? Que consequências?

Na primeira metade da competição, nem o FC Porto foi tão bom nem o Benfica foi tão fraco. Nas primeiras jornadas, sobretudo nessas, as decisões arbitrais lesaram o Benfica, as mesmas decisões arbitrais beneficiaram o FC Porto. Que dizer? Se houvesse equidade, se houvesse justiça, no mínimo, nesta altura, o Benfica estaria encostado ao FC Porto na pauta classificativa.

E a segunda metade da temporada? O FC Porto voltará, seguramente, a perder jogos. E o Benfica? Pode fazer uma campanha imaculada? Certamente que nem tudo serão rosas, mas é indubitável o crescendo de produção do conjunto. O Benfica terminou bem o ano ante o Rio Ave, o Benfica começou bem o novo ano ante o Marítimo.

Não há razões para que o universo benfiquista perca a confiança na equipa. Ao invés, há razões para acreditar que a época ainda pode traduzir-se em vários sucessos. Na Liga Europa? Por que não? Na Taça de Portugal, na Taça da Liga? Por que não. Mesmo no campeonato? Por que não?

É manifesto que há mais e melhor Benfica. Os dados estão lançados. As vitórias trazem vitórias. O sucesso traz sucesso. A equipa exibe-se com mais consistência, com mais competência. Chega? Chega, no mínimo, para que os benfiquistas acreditem num primeiro semestre de 2011 com transporte ao êxito. Ao êxito rubro...

27 novembro 2010

Greve geral vermelha


Que Benfica foi aquele que jogou em Israel? Que Benfica foi aquele que se deixou bater por um adversário sem categoria internacional? Que Benfica foi aquele que se deixou arredar num jogo decisivo da próxima fase da Liga dos Campeões? Como foi possível semelhante desastre?

Já há duas semanas, noutra partida de capital importância, o Benfica vergou ao peso da mais cruel derrota de sempre no reduto do FC Porto. Que se passa com este Benfica, oito vezes derrotado em 18 jogos realizados? Que se passa com este Benfica, tão poderoso e exclamativo no ano anterior?

O começo da temporada foi muito atribulado, jogadores houve que chegaram a conta-gotas em virtude do Mundial? Saíram duas unidades influentes? São razões bastantes para o Benfica, esta época, se exibir de forma tão pouco convincente, tão amedrontada, tão perdedora? Claro que não. Seguramente, outros motivos haverá. E, muitos deles, só podem ter a ver com o interior do grupo.

Como vai ser o futuro, prognosticado em novembro? Doloroso, ao que tudo indica. A menos que qualquer coisa de extraordinário aconteça. Ainda há objetivos, ainda há muito a defender e a conquistar. Mas também há muito a mudar, também há muito a corrigir. Uma coisa é certa: no curto espaço de meses, o Benfica deixou de ser um conjunto de futebol sedutor para se transformar num conjunto apático. E a competição não perdoa tão brutal metamorfose...

11 novembro 2010

E agora Benfica?


Os dados estavam lançados, a margem de erro para o Benfica era mínima ou mesmo inexistente. Mais do que isso, exigia-se um Benfica competente, afoito, resoluto. Só um Benfica na posse dos seus melhores atributos poderia levar de vencida um FC Porto forte, coeso, estimulado. O cenário do Dragão constituía, desde logo, mais uma adversidade para as pretensões rubras.

Que Benfica se viu? O melhor Benfica, tal como era exigido? Ao contrário, um Benfica débil, insuficiente, desmoralizado. O triunfo do adversário foi inquestionável, ainda que os números da vitória sejam tão cruéis quanto injustos. A verdade é que no mais decisivo encontro da temporada, o Benfica não soube puxar os galões de campeão e até sugeriu passar o testemunho ao rival.

Discutem-se as opções do treinador. Com razão? Se calhar, sim. Todavia, também se afigura irrecusável, no final dos jogos todos ganham, todos estão na posse da receita certa. Jesus falhou? Se calhar, sim. E quantas vezes acertou em inúmeras circunstâncias? O pior é que este era o tal jogo em que a falha estava absolutamente interdita.

E agora? Há muito campeonato, há mais Ligas, há outras competições. Uma coisa é certa: o desempenho do Dragão não pode repetir-se. A época não está perdida, está comprometida. Ainda assim, acredite-se que o desastre no Porto até pode ser pedagógico, até pode devolver aos adeptos encarnados o melhor Benfica. É que só esse Benfica traz o suplemento de alma que os aficionados exigem até ao termo da temporada futebolística.

27 outubro 2010

Jogos que valem 6 pontos


Como foi o triunfo do Benfica frente ao Portimonense? Curto no resultado, extenso na exibição. Tratou-se de uma afirmação categórica de superioridade que deixou entender muitas das coisas boas que assinalaram a trajectória vitoriosa da temporada passada.
Há um Benfica em crescendo? Penso que sim. Apesar da recente derrota na Liga dos Campeões, num jogo demasiado marcado pela inferioridade numérica do conjunto encarnado, parece adquirido que a equipa se aproxima dos melhores índices de rendimento.
Os três próximos jogos vão dar uma resposta cabal. A recepção ao Paços de Ferreira tem de se traduzir por mais um triunfo. Depois, Lyon e FC Porto, na Luz e no Dragão, podem ser determinantes para o resto da época. Vencer a turma francesa é condição indispensável para prosseguir na Champions, objectivo que ainda não está hipotecado, apesar de a margem de erro ser inexistente. E na Liga nacional? Uma derrota com o FC Porto, na actual conjuntura, seria certamente fatal para a prossecução dos objectivos. Estes são, de facto, dois jogos que valem seis pontos cada.
Que Benfica nos próximos embates? O melhor Benfica tem todas as condições para vencer a etapa decisiva. Mas só o melhor Benfica, sempre o melhor Benfica. É nesse Benfica que os adeptos acreditam para prosseguir a campanha europeia, para relançar o campeonato. É desse Benfica que os adeptos precisam para reforçar a confiança, para fortalecer o entusiasmo.
É esse Benfica, o melhor Benfica, que Jorge Jesus terá de garantir. Fá-lo-á? Não encontro razões para duvidar. Antes, encontro boas razões para acreditar.

15 outubro 2010

Todos na paz benfiquista


Não se fala no Benfica ou pouco se fala? Consequência de uma série de resultados positivos. Positivos e justos. A equipa está de novo na senda vitoriosa, nem outra coisa seria de esperar. Agora, já não se questiona Roberto, já não se discute David Luiz, já não se debate Cardozo, já não se analisa Jorge Jesus. Agora, já não se discutem opções, métodos, conceitos.

Ainda assim, não é possível esquecer os erros, alguns de palmatória, das equipas de arbitragem que dirigiram os primeiros embates da equipa encarnada. Não fosse uma sucessão de disparates e o Benfica estaria, no mínimo, colado ao líder da competição. Houve quem se insurgisse contra o alarido que o clube fez? E não se ouviram altissonantes as angústias do treinador e de outros responsáveis portistas só porque empataram em Guimarães? Até deu para ver (?) um penálti que não foi, até deu para um número pouco usual na atualidade desportiva, esse do dito por não dito…

Entretanto, a Seleção Nacional fez o pleno. Dois bons jogos, duas importantes vitórias na fase de qualificação. Também com a contribuição de uma dupla benfiquista. Fábio Coentrão, opção reiterada, é tão indiscutível como a própria… Seleção. Já Carlos Martins provou a justeza da sua convocatória. Não deveria ter integrado o lote dos jogadores que se deslocaram, em junho, à África do Sul? Penso que ninguém tem dúvidas, a despeito das suas preferências cromáticas no universo da bola. Paulo Bento não duvidou e fez bem.

Mais Benfica na Seleção resulta em melhor Seleção. Também outros combinados nacionais continuam a beneficiar do concurso de futebolistas benfiquistas. O caso de David Luiz, na canarinha é paradigmático. Está ou não ali o melhor central do Mundo a breve trecho?

01 outubro 2010

Mais graça benfiquista


Há mais e melhor Benfica para consumo doméstico, vencidos os objetivos Sporting e Marítimo. Foram dois triunfos sem mácula, prenunciadores de uma campanha futura pautada pelo sucesso. Entretanto, o desaire europeu, na Alemanha, não hipotecou as aspirações encarnadas, ainda que se esperasse um desfecho mais consentâneo com a subida de produção da equipa.

Nestes últimos embates, merece evidência a forma soberana como Roberto tem cuidado da baliza. Muitos falam de um novo guarda-redes? Não serão os mesmos que tentaram trucidar o jovem guardião espanhol ainda na fase embrionária da sua trajetória na Luz? Os mesmos ainda que levantaram dúvidas acerca do equilíbrio emocional de Cardozo, David Luiz ou Luisão. Não perdem pela demora, podem mesmo preparar-se para colher muitos dissabores, sabida a elevada capacidade desse trio, cuja permanência no Benfica constituiu um ato de gestão da maior importância.

E onde estão os críticos e adversários do costume para comentarem a recente prorrogação do contrato de Fábio Coentrão? É ou não é, na atualidade, um dos melhores executantes mundiais nas suas latitudes táticas? Parece haver quem não entenda ou finja não perceber que no Benfica se projeta o futuro com a maior competência e sentido de responsabilidade.

Este fim-de-semana, no anfiteatro vermelho, o antagonista é o Sporting de Braga, a segunda melhor equipa da última Liga nacional. Que Benfica? Um Benfica hegemónico, capaz de continuar na senda da recuperação. Não falta campeonato, não faltarão também muitos e decisivos triunfos com a graça benfiquista.

16 setembro 2010

Alarme


Foi acionado o alarme vermelho. Quatro jornadas da Liga deixaram entender, com clareza meridiana, quão difícil vai ser o Benfica reeditar o título nacional. Fala-se do pior arranque de sempre em quase 80 edições da prova? Haverá alguém, na posse das suas faculdades futebolísticas, por mais limitadas ou sectárias, que se atreva a dizer que este plantel é o pior do historial benfiquista? Ou que a equipa técnica é a mais incompetente? Ou que o clube padece de uma liderança forte? Ou também que vive a sua maior crise financeira ou de identidade? Ou ainda que lhe escapa, como nunca, o apoio popular?

As causas são outras. Não é tanto a ausência de Di María ou de Ramires no elenco, menos ainda a presença de Roberto na defesa das redes. Não é seguramente uma pré-época atípica, muito menos um calendário adverso. No singular, a causa é uma arbitragem descomprometida com a verdade, comprometida com um antibenfiquismo chocante. Não foi assim, na Luz, frente à Académica? Não foi assim, na Madeira, perante o Nacional? Não foi assim, escandalosamente, em Guimarães, ante o Vitória de Guimarães?

O universo benfiquista está em polvorosa, não se subestime a sua pujança. Pretende equilíbrio, verdade, justiça. Os mesmos preceitos que até permitem reconhecer que uma grande penalidade, por ironia, não foi apontada no jogo frente ao Hapoel, em prejuízo da turma israelita, na abertura da campanha europeia. Mas não houve também um lance de penálti a favor do Benfica? E a exibição da equipa não legitimou o triunfo?

O alarme vermelho vai soar ruidoso. Não há limites para o som da razão.

02 setembro 2010

De cara lavada - Por Luís Seara Cardoso in Record


O Benfica entrou, finalmente, na Liga. O triunfo sobre o Vitória de Setúbal teve o sabor a dia bom, igual a tantos que coloriram de entusiasmo o calendário vermelho da temporada passada. Foi uma vitória categórica, expressão da clara superioridade do conjunto de Jorge Jesus, incapaz de se demitir do comando das operações mesmo em inferioridade numérica.

A questão da defesa das redes pode continuar no centro do debate, mas o desempenho de Roberto sossegou o universo benfiquista e machucou os seus detratores. Eles viam na baliza encarnada um problema de honra mal resolvido? Eles queriam era ver um foco permanente de instabilidade, um motivo para troçar das gentes do Benfica. Por agora, pelo menos, foram obrigados a baixar a bola e preocuparem-se com as suas fragilidades... ou benefícios.

O que é que se viu nesta última ronda? Desempenhos arbitrais que favoreceram, sem discussão, TODOS os rivais benfiquistas à conquista do cetro nacional. O que é que se viu nas duas jornadas antecedentes? Outras proteções demasiado evidentes, outros episódios com clara influência no desfecho dos jogos. E proteção a quem? Aos opositores do Benfica. Figueira da Foz, já em versão dupla, e Vila do Conde são dois exemplos paradigmáticos. Terras de grande projeção balnear, apetece dizer que viram as suas brisas soprar atentados à verdade desportiva.

Uma Liga inquinada não serve o futebol. Os primeiros jogos fizeram reforçar a preocupação. Se um Benfica campeão assusta muita gente, um Benfica bicampeão assusta muito mais. Ainda assim, desenganem-se aqueles que, à moda antiga, conseguiam que o Benfica renunciasse aos seus propósitos logo ao amanhecer dos campeonatos.

20 agosto 2010

Apenas um mero intervalo - Por Luís Seara Cardoso


Por
Luís Seara Cardoso in Record

O que se passa com o meu Benfica? Duas derrotas seguidas, frente ao FC Porto e à Académica, era um registo de todo improvável há duas semanas. O que se passa mesmo com o meu Benfica? Nos dois embates foi manifesta uma intranquilidade que nunca se viu na última temporada.

As saídas de Di María e de Ramires (financeiramente, excelentes negócios) explicam tudo? Claro que não. A titularidade das redes, entregue ao espanhol Roberto, que continua a suscitar controvérsia (ainda que exagerada) também explica os mais recentes desaires? Claro que não.

O que se passa, então, com o meu Benfica? Uma pré-temporada atípica com jogadores a chegarem a conta-gotas, algumas lesões preocupantes e a ausência de flanqueadores no conjunto parecem ser, sucintamente, as principais razões para um começo de época atribulado e não menos inquietante.

O que se vai passar com o meu Benfica? Só pode melhorar os índices exibicionais, só pode regressar à senda vitoriosa. Irá mesmo consegui-lo? Claro que sim. É legítimo esperar a breve (ou até brevíssimo) trecho uma formação que se aproxime das performances da temporada anterior? Claro que sim.

O coletivo benfiquista não desaprendeu, não pode ter desaprendido. Tem inclusive mais um ano de trabalho profícuo para dar sustento às suas prestações. Sem subestimar os mais recentes infortúnios, tudo deverá resumir-se a um mero hiato na idoneidade competitiva da equipa.

Na Madeira, já no fim-de-semana que se segue, é tempo de acabar com esse intervalo doloroso. Será possível? Claro que sim.

07 agosto 2010

Mais Benfica - Por Luís Seara Cardoso


Por
Luís Seara Cardoso in Record

A última imagem não foi mais conseguida? A última imagem contrariou mesmo a tendência ascensional? Quanto vale, afinal, a derrota, em casa, frente ao Tottenham? Pouco, muito pouco. Tratou-se do terceiro jogo no curto espaço de cinco dias, a equipa estava fatigada, ainda assim deixou bons indicadores na primeira parte do jogo da Eusébio Cup.

No próximo sábado, seguramente, vai ser melhor. Na discussão da Supertaça, perante o FC Porto, é de esperar um Benfica determinado, pujante, ganhador. Um Benfica muito próximo do que se viu na última época acabará por arrebatar o troféu. Tem mais argumentos do que o FC Porto, apesar das ausências de Ramires e Di María.

O Benfica parte para a nova temporada com legítimas ambições. O quadro de jogadores é, quantitativamente, mais forte. O ano 2 de Jorge Jesus vai exibir uma formação ainda mais sólida, ainda mais vigorosa, ainda mais competitiva.

O clube resistiu como pôde às investidas do mercado. “O Benfica não quis ser campeão das transferências”. Disse Luís Filipe Vieira. Disse e disse bem. Poderia ter sido, reflexo da superior valia do seu plantel. Também soube recrutar com sabedoria e parece que não esgotou todos os trunfos. É suposto que mais dois jogadores possam enriquecer o conjunto e conferir-lhe ainda novas soluções.

O pano vai subir. Não há um novo Benfica, há o mesmo Benfica. E esse Benfica tem todas as condições para reeditar a magnífica campanha que assinou na temporada passada. Estamos na antecâmara de um Benfica bicampeão? Estamos com toda a certeza.

28 maio 2010

Comemorar o futuro - Por Luís Seara Cardoso


Por Luís Seara Cardoso in Record

"O título mais importante é o da próxima época". Quanto vale, afinal, esta declaração recente de Luís Filipe Vieira? Vale a garantia de um Benfica determinado a revalidar o triunfo na Liga. Um Benfica apostado a não alterar de forma substancial o seu quadro de jogadores. Um Benfica decidido a manter a estrutura responsável pelo seu departamento de futebol.
A festa foi bonita, envolveu milhões de almas, mas já pertence ao passado. Um clube centenário, um clube com um historial de sucesso, um clube internacionalmente prestigiado, um clube como o Benfica sabe que a melhor forma de comemorar um êxito importante é acautelar o futuro. Luís Filipe Vieira dá essa garantia com grande sentido de responsabilidade.

Jesus já prorrogou o seu vínculo contratual, dois excelentes reforços argentinos estão garantidos, o jovem internacional Fábio Faria engrossa também o plantel. Outros se vão seguir. Sairá algum jogador de maior nomeada? Sempre com o pressuposto de que constitua um negócio irrecusável para o clube.

Ninguém acredite que o Benfica vai depauperar ou, no mínimo, fragilizar tudo aquilo que construiu na última temporada. O clube acusa uma vitalidade tal, tem o suporte de um entusiasmo tão acentuado que a tendência só pode apontar para o crescimento. Na quantidade e na qualidade. No próximo ano, o Benfica bater-se-á pela reconquista do cetro nacional, pelo triunfo nas restantes provas domésticas, por uma campanha airosa no seu regresso à Liga dos Campeões.

O Benfica já comemora o futuro. Adivinha-se-lhe pujança para os novos desafios. Descortina-se-lhe competência, encontra-se-lhe um balanço triunfante muito difícil de estacar.

13 maio 2010

Um homem com palavra - Por Luís Seara Cardoso

Por Luís Seara Cardoso in Record

As contas estão arrumadas. Sem surpresa, o Benfica sagrou-se campeão. Justo campeão? Justíssimo campeão. De resto, a equipa encarnada bateu o recorde de pontos da prova. Esse facto, só por si, confere razão absoluta ao desfecho da competição. Mas houve mais, muito mais. Houve um conjunto que praticou, no decurso da temporada, o mais entusiasmante futebol que se viu nos recintos nacionais. Mais ainda? Uma qualidade de jogo ofensivo a grande distância daquela que os opositores evidenciaram.

H á quem tente subestimar este título do Benfica? Há, com certeza. São aqueles que de forma arrogante jamais conseguem conviver com o desaire. Campeonato dos túneis? Francamente... A vitória do Benfica, essa sim, foi garantida no túnel imenso da justiça, da seriedade, da competência.

O Sporting de Braga acabou por se constituir o mais digno opositor à consecução dos objetivos da equipa de Jorge Jesus. É também um justo vice-campeão. Fez história e deixou a ideia de que pode, no futuro imediato, intrometer-se na crónica discussão dos três principais emblemas da bola portuguesa.

O terceiro lugar do pódio foi para o FC Porto. Tratou-se da maior desilusão da temporada? Tratou-se, certamente. A condição de tetracampeão revelou-se insuficiente, a equipa oscilou em momentos capitais. Pagou essa fatura e fica bem atrás do grande Benfica e do sensacional Sporting de Braga.

Para o ano há mais. Jorge Jesus, no começo desta temporada, prometeu um Benfica a jogar o dobro do habitual. Cumpriu? Cumpriu mesmo. Agora, promete um novo triunfo. Vai cumprir? Vai cumprir mesmo.

27 abril 2010

Charme benfiquista - Por Luís Seara Cardoso

Por Luís Seara Cardoso in Record

A festa foi adiada? O Benfica até fez e bem a sua parte. Parte da parte foi Cardozo, com três golos no bornal, frente a um impotente Olhanense, registo suscetível de o guindar ao triunfo na lista dos melhores finalizadores da Liga. O Sporting de Braga também venceu? Venceu e bem, bem se pode dizer que é a segunda equipa mais competente do Campeonato.

A festa foi adiada? "Preferimos ser campeões no campo", avançou Jorge Jesus. Avançou e bem. Antes no campo do que no sofá. É bem mais genuíno, é bem mais divertido. Por falar em Jorge Jesus, grande responsável, tecnicamente, pela temporada vermelha, jamais pensei estar na barricada oposta. Então não é que os nossos filhos têm um embate de râguebi aprazado da final-four, no escalão de Sub-18, na defesa do Belenenses e do Direito? Claro que vou torcer pelo Belenenses. Por direito (e dever) de paternidade..., e claro gostaria de ter Jorge Jesus a assistir ao meu lado ao jogo.

A festa foi adiada? Num sensacional clube como o Benfica, não é só o futebol de onze que propicia grandes alegrias. No transato domingo, garantido foi o título europeu de Futsal. Brilhante? Brilhante e comovente. Uma bela equipa foi empurrada para a vitória por um público entusiástico. Houve lugar, muito legitimamente, a festejo rijo e participado

A festa foi adiada? Não por muito tempo. O benficómetro está ao rubro. Já falta pouco para que os novos campeões sejam consagrados. A presente temporada vai ter um vencedor justo. Trata-se da melhor equipa da competição. A que melhor ataca, a que melhor defende. A que melhor joga, a que melhor deslumbra. O Benfica fez uma época carregada de charme competitivo, merece sem reservas o charme das faixas.

17 abril 2010

Confiança redobrada - Por Luís Seara Cardoso


Por Luís Seara Cardoso in Record

Foi sempre assim. O Benfica, cada vez que averba um resultado menos positivo, encarrega-se de reverter a situação no embate subsequente. Desta feita, o Sporting pagou o desaire de Liverpool. Foi um triunfo sem mácula, justificado por uma segunda metade que deu a conhecer um conjunto mais forte e consistente que o antagonista.

O Benfica vai ser campeão nacional? Não é crível que a quatro rondas do termo da competição deixe escapar a oportunidade. Acresce que não é igualmente crível que o Sporting de Braga, a segunda melhor equipa do ano, faça o pleno até ao termo da mais importante prova doméstica.

O Benfica vai ser um justo campeão? Seguramente. Tem a melhor defesa, tem o melhor ataque. Só? Tem também mais classe, tem também mais sedução. O Benfica, versão 2009/2010, remete para os melhores "Benficas" de sempre. Este Benfica, como dantes outros "Benficas", só pode ser um Benfica campeão.

O Benfica pode prosseguir na senda vitoriosa? Assim se espera. O próximo defeso, com toda a certeza, vai ser marcado por múltiplas investidas milionárias ao quadro de jogadores do clube. Vários são os executantes que fariam as delícias de muitas das melhores formações europeias.Ainda que possa transferir uma ou outra unidade, o Benfica já deve estar preparado para não deixar que o seu plantel sofra uma sangria suscetível de lhe diminuir a grande qualidade evidenciada esta época.

O Benfica ainda vai melhorar? É de admitir que sim. Uma equipa (Liverpool provou-o) não se constrói num só ano. Com Jesus, este só pode ser o ano primeiro de um plural ganhador. Em Portugal e na Europa.

31 março 2010

Confiança vermelha - Por Luís Seara Cardoso

Por Luís Seara Cardoso in Record

Eram três jogos decisivos. Eram ou não eram? Marselha, FC Porto e Sporting de Braga experimentaram a valia do Benfica. Experimentaram e perderam. Perderam e renunciaram ou hipotecaram objetivos. Ficaram a saber quanto vale a melhor formação portuguesa da atualidade.
Foram três embates que não serviram para dissipar dúvidas. Porquê? Porque não as havia. Serviram, isso sim, para reforçar a convicção generalizada de que este Benfica tem tantas virtudes quanto poucos defeitos. Sabia-se que o conjunto dispunha de amplos recursos técnico-táticos. Ficou a saber-se que dispõe também de amplos recursos físicos e emocionais.

Jorge Jesus continua a gerir com mestria o elenco. Sabe renová-lo, aqui e além, sabe também otimizá-lo, jamais lhe diminui qualidade e consistência. A Saviola, Cardozo, Luisão, David Luiz e Di María, a título de exemplo, outros se somam com semelhante caráter e virtuosismo. A todos esses, juntam-se Airton, Éder Luís e Kardec, opções válidas desde um janeiro perspicaz.

Há ainda jogadores, num quadro tão recheado, menos vezes chamados a intervir. Todos querem jogar? Ainda assim, não se vislumbra um único caso de lamúria. Nuno Gomes, responsável por grandes cometimentos nos últimos anos, tem decerto muita responsabilidade nesse particular. Grande atleta, grande capitão, excecional benfiquista, e com um futuro enorme depois de terminar a carreira como jogador no nosso Clube.

O futuro imediato? Pedir um triunfo sobre o mais representativo emblema da mítica terra dos Beatles é o que está no horizonte. Eliminar o Liverpool da Liga Europa? Por que não? Ou o Benfica não está já, categoricamente até, na antecâmara do título nacional e apto para reeditar belas proezas do seu trajeto internacional? Lá estarei em Liverpool!!!!