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02 novembro 2010

Na selva europeia, o Benfica tem de matar um Lyon por dia

O Benfica tem tudo para passar a fase de grupos da Liga dos Campeões. E também tem tudo para ser eliminado. É como a vida na selva: uma gazela numa manada ou se salva do ataque dos leões ou não se salva. Na principal prova de clubes europeia, há que matar (basta enganar) um leão (Lyon, no caso) por dia (ou por noite). Hoje às 19h45 é essa noite: depois de se ter deixado caçar nas florestas do vale do Ruhr, pelo Schalke 04, e nas do Ródano, pelo Lyon, os encarnados têm de fazer da Luz uma selva para continuar vivos no mais duro ecossistema do planeta do futebol: a temível Champions League.

Quem ouviu Jorge Jesus e os seus jogadores após as derrotas nas batalhas franco-alemãs pensou que seria tarefa fácil. "Basta-nos ganhar em casa", disseram. Basta mas é preciso o melhor Benfica para fazer frente a Lloris, Cris, Gourcouff e companhia. A companhia é o lado bom da história - faltam Toulalan, Delgado, Makoun e os ex- -portistas Cissokho e Lisandro López. E Pjanic, braço direito de Gourcouff na organização de jogo, até tem sido posto em causa pelo técnico Claude Puel. Mais: também Gomis, internacional francês e substituto natural de Licha, foi assobiado no último fim-de-semana, na vitória magra e sofrida sobre o Sochaux.

OS GUARDIÕES DE LLORIS Sim, o Lyon não está bem mas ainda é o actual semifinalista da provas. E o resultado da subtracção do total do plantel pelos ausentes ainda é um número respeitável. Comecemos pelo número um, o de Hugo Lloris. O titular da selecção francesa e do mais consistente clube gaulês dos últimos 20 anos tem estado imune aos apupos. Inspira um quarteto de defesas à sua frente, liderado pelo capitão Cris e com Reveillère e Diakhaté garantidos. À esquerda, à falta de Cissokho, podem jogar Källström, um médio-extremo adaptável, ou o impronunciável Kolodziejczak, um jovem internacional sub-21 que ganhará estatuto e perderá consoantes ao longo da carreira.

NO REINO DE GOURCUFF O meio-campo vive em redor de Gourcouff, o jogador que, mesmo depois de um mundial decepcionante, recuperou o crédito no pós-África do Sul (também as custas da lesão de Delgado no clube e da renovação de Laurent Blanc nos bleus). A sua importância é tal que justifica a utilização de dois jogadores a fazerem o trabalho sujo em que ele não se mete, de maneira nenhuma. São Grenier e Gonalons, se Puel quiser defender com os dentes cerrados, ou um deles e Pjanic, se quiser acrescentar mel ao futebol já de si açucarado de Gourcouff.

AS ASAS DE GOMIS Além de Gomis, o atacante alto e desengonçado, uma espécie de mini-Adebayor em altura e técnica, o Lyon ataca pela ala direita com Briand (à atenção de Peixoto ou de uma melhor escolha de Jesus) e pela esquerda com Michel Bastos, caso recupere, ou com Källström, se não jogar atrás.

OS ANTÍDOTOS DE JESUS Jorge Jesus sabe que ao Lyon interessa o empate e que por isso é ainda mais perigoso. Vai fechar-se e contra-atacar. No primeiro caso, os laterais (sobretudo o esquerdo, seja ele qual for) são a entrada a explorar; no segundo há que ter atenção à zona de criação liderada por Gourcouff e ao venenoso Briand. Se tudo correr bem, o Lyon é matável.

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