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26 agosto 2010

De mãos a abanar - Por João Gobern

Por João Gobern in Record

Nem os portistas mais convictos nem os benfiquistas mais céticos, do alto das suas conjeturas e adivinhações, poderiam prever que os do Norte consumassem, ao encerrar da sua jornada, uma vantagem pontual que já pode considerar-se bastante interessante (seis pontos é mais coisa de segunda metade de campeonato), e que os do Sul contabilizassem já – nos mesmos dois jogos – um número de derrotas semelhante ao de toda a prova a época passada. Se a dupla vitória do FC Porto nada tem de anormal, até porque Villas-Boas parece gozar da estrelinha dos predestinados para começar a ganhar ainda antes de mostrar serviço (exceção feita à Supertaça, em que manietou o Benfica), a dupla derrota do campeão nacional veio lançar nuvens sobre “o novo ciclo” e dúvidas sobre algumas das mudanças operadas por Jorge Jesus.

É verdade que Gaitán e Jara (este um jogador de fibra e de combate, como qualquer adepto gosta de ver) ainda estão longe de fazer esquecer Di María e Ramires. Não é menos certo que, até à próxima terça-feira, 31, ainda pode haver quem sonhe com outras paragens e, fundamentalmente, com outros ordenados, acabando por se deixar afetar. Depois, há que ter em consideração as novidades (um sistema 4x3x3 mas à moda de Jorge Jesus) e as falhas (a pressão alta que tantos frutos deu no passado recente) da responsabilidade de Jorge Jesus. Dirão os mais entusiastas que o fator sorte não tem ajudado e que as bolas que entravam antes ficam agora “à porta”. Pode, também, começar a fazer-se coleção dos penáltis que ficam por marcar a favor do Benfica, enquanto são assinalados a favor dos rivais.

Com tudo isto, o alvo mais imediato para o “tiro ao boneco” é mesmo Roberto. Quero acreditar que uma gestão vitoriosa e corajosa não teve um assomo de loucura quando decidiu pagar 8,5 milhões por um guarda-redes. Acredito que, com tempo e com muito trabalho nos treinos, Roberto possa ainda vir a “justificar os cacaus”. Acontece que não só foi a contratação mais cara da época benfiquista como lhe cabe em sorte a substituição de Quim, que (injustamente) nunca terá sido um bem-amado mas soube ir conquistando o respeito até dos que não eram seus fãs. A comparação é desastrosa para o espanhol, que grita de mais, treme de mais, hesita de mais, enerva-se de mais, enerva de mais os outros, paralisa de mais… e sofre golos a um ritmo insuportável para o Benfica. Que, como já se percebeu, não tem mais tempo para o levar ao colo, sob pena de todos os prejuízos com os insucessos da época se juntarem à fatura do guardião.

A ideia de um empréstimo de Roberto com regresso lá mais para diante e a descoberta de um experiente que dê garantias imediatas parece a melhor solução. Mas ainda será possível?



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