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26 agosto 2010

Como pode o Benfica recuperar o mais caro guarda-redes da sua história? - Por Paulo Curado


Por Paulo Curado in Público

O que é que os guarda-redes Petr Cech (Chelsea), Hugo Lloris (Lyon) e Van der Sar (M. United) têm em comum com o benfiquista Roberto? Todos protagonizaram transferências de 8,5 milhões de euros e foram contratados para garantir pontos às respectivas equipas. No caso do jogador "encarnado", esta ilusão esgotou-se em apenas três partidas oficiais (confirmando a má impressão deixada nos jogos de preparação), que resultaram em outras tantas derrotas, a última das quais assinada pelo segundo golo do Nacional, no sábado, que teve a colaboração activa do espanhol. Esgotada a paciência dos adeptos e persistindo a intranquilidade de Roberto, qual será a melhor opção para a equipa e para o próprio jogador?

"Numa primeira fase, acho que o Jorge Jesus fez bem em manter o atleta na equipa titular, demonstrando confiança nas suas capacidades, mas agora começa a ser de mais. Primeiro porque existem outros dois guarda-redes no plantel, que sentem alguma injustiça por não terem uma oportunidade, face aos erros do colega. Por outro lado, esta insegurança na baliza começa a afectar a equipa e para o próprio jogador está a ser um martírio alinhar nestas condições", defendeu ao PÚBLICO Jorge Silvério, especialista em psicologia desportiva. Para este clínico, seria mais sensato fazer descansar o jogador, permitindo-lhe recuperar os índices de confiança.

"Estamos a falar da mais cara transferência de um guarda-redes em Portugal [e a terceira mais cara de sempre da equipa da Luz], que criou obviamente expectativas aos adeptos e dirigentes, que colocaram a fasquia muito alta. Ainda para mais depois da saída de Quim, um guarda-redes que tinha acabado de ser campeão nacional e tinha protagonizado uma época regular. A par disto, o jogador espanhol veio para um clube com ambições bem diferentes daquele onde se encontrava [no Saragoça, emprestado pelo Atlético de Madrid] e com um modelo de jogo completamente diferente", contextualizou Jorge Silvério, que foi responsável pela cadeira de Ciências do Comportamento em dois cursos da UEFA para treinadores de futebol, frequentados por José Mourinho, José Peseiro, José Couceiro, Carlos Carvalhal, Domingos, Vítor Pontes e Carlos Brito, entre outros.

"Não tendo as coisas corrido bem a Roberto logo no início, a confiança do jogador diminuiu, assim como os índices de concentração, afectando o seu desempenho desportivo", acrescentou, alertando para as especificidades do lugar de guarda-redes em relação aos restantes jogadores: "A pressão é maior por causa da visibilidade desta posição, onde os erros são mais fáceis de apontar."

Preocupante para Jorge Silvério é o facto de Roberto estar a ser transformado no "bode expiatório" do mau arranque de temporada dos campeões nacionais. "É preciso salientar que o Benfica vem de derrotas consecutivas e não se pode acusar o guarda-redes de tudo o que tem acontecido de mau. Tem de ser feita uma avaliação cuidada", alertou.

Roberto é o último elemento de uma extensa lista de mal-amados nas redes da Luz. O anterior foi o próprio Quim, que perdeu o apoio dos adeptos depois de protagonizar também ele alguns "frangos", nomeadamente durante a gestão de Quique Flores. Mas muitos outros caíram em desgraça aos olhos dos adeptos ou dos treinadores, como são os casos de Moreira (actual suplente de Roberto) ou Moretto, para falar só dos mais recentes. A bitola estabelecida por Preud"Homme nos anos 90 do século passado continua sem protagonista à altura.

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