Jorge Jesus escolheu o caminho mais óbvio no jogo com o Vitória de Setúbal: tirou Roberto da baliza e entregou-a a Júlio César.
Quem acreditar em malhas tecidas pelo destino achará que a expulsão do brasileiro e o penalty defendido a frio por Roberto, ao minuto 23, foram parte de um guião escrito pelos deuses. Os mais terra-a-terra (dedo levantado) dirão que foi uma coincidência muito, muito engraçada. Diria mesmo poética, com a poesia a servir, aqui, para se gostar um pouco mais do futebol (quando acontecem coincidências destas nos lados mais importantes da vida também ficamos de bem com o mundo).
Roberto julgar-se-á, a esta hora, abençoado. Um golo do Vitória de Setúbal naquele momento não seria culpa dele, claro, mas poderia ter dado outra história ao jogo. Assim, tudo perfeito para o Benfica: vitória clara, poucos sobressaltos e aplausos frenéticos (poéticos?) para o guarda-redes espanhol que há uma dúzia de horas era o pesadelo do Terceiro Anel.
Mais importante que as emoções voláteis é, agora, perceber se o jogo deste sábado chegou para Roberto fazer a agulha no sue percurso de águia ao peito. Terá aquele momento mágico chegado para lhe dar a confiança que lhe falta desde o primeiro dia?
Jorge Jesus espera bem que sim, visto que no próximo jogo não pode contar com Júlio César e Moreira constitui, provou-se nesta convocatória, carta fora do baralho. Pelo que em Guimarães, depois da paragem da Liga, joga Roberto. Ou haverá guarda-redes novo, mesmo com esta defesa caída do céu?
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