Há instantes que nos fazem pensar que, mais tarde ou mais cedo, a vida se encarrega de nos devolver aquilo que merecemos.
O mau e o bom. O que ocorreu na noite de 28 de Agosto no Estádio da Luz mais parecia uma invenção, um guião de um filme, uma cena de uma telenovela ou uma sequência de uma série de grande intensidade dramática. Melhor, o que aconteceu transcende o futebol, nem de encomenda se atingiria algo tão espiritual, tão mágico e inspirador. Emocionante momento de recompensa e glória, assim ficará cravada na memória de Roberto a defesa da grande penalidade de sábado passado.
A satisfação alastrou a Jorge Jesus que apostou nele, aos jogadores que com ele alinharam no resto da partida e a todos os adeptos sedentos de justiça. Mais fascinante se torna quando pensamos nas pessoas que não vão aos estádios e não assistem a futebol, que ao saberem de um caso destes dificilmente ficam indiferentes, capazes até de se emocionar com o que se passou. Roberto tinha as apostas todas contra si, perdera a titularidade, estava no banco, vinha de um conjunto de exibições menos felizes e só por um grande azar ou um milagre viria a alinhar no Benfica/Setúbal. Num erro completamente desnecessário provocado por um passe à queima roupa de Maxi Pereira, Júlio César fez penálti e foi expulso. O guardião espanhol entrou para defender o remate de Hugo Leal, os adeptos estavam apreensivos, o golo adversário significava o empate e o regresso à intranquilidade. Aos 24 minutos e 38 segundos de jogo, Roberto lançou-se para a direita e evitou o 1-1, a multidão explodiu de alegria, de alívio e de agradecimento ao guarda-redes. Roberto foi chamado a cumprir um objectivo dificil e cumpriu.
Não restam dúvidas, este homem reescreveu a sua história no Clube e naquele gesto de génio e de inspiração suprema devolveu a confiança e satisfação aos adeptos. Depois disto, não há quem não possa acreditar.
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