Por Luís Antunes in JN
Equipa a quatro golos do melhor registo ofensivo de sempre no plano europeu
O Benfica de Jorge Jesus continua a golear e está a apenas quatro golos do melhor registo ofensivo do clube em mais de meio século de confrontos no plano europeu. Os 23 golos representam a quarta marca de sempre, só superada pelo onze da década de 60.
Os encarnados versão 2009/2010 ainda não conquistaram qualquer título oficial, mas continuam a impressionar pela qualidade de jogo e a conquistar barreiras no seu longo historial.
O Hertha de Berlim foi o último a sentir o massacre ofensivo da águia, que aplicou semelhante receita a Everton e Poltava.
O actual registo enquadra-se nas performances de topo. A eficácia atacante com 23 golos representa a quarta marca de sempre. Neste domínio, o onze de Jorge Jesus é apenas superado pelo conjunto dominador e bicampeão europeu da década de 60, mas só em três ocasiões. Em 1964/65, finalista da Taça dos Campeões em San Siro - 27 tentos -, 1960/61, campeão europeu - 26 golos -, e o de 1965/66, que caiu frente ao Manchester com semelhante registo, mas que dois anos depois voltou ao derradeiro jogo da competição.
A formação actual consegue ainda outro nível elevado, pois garante sete triunfos. Um objectivo que se repetiu apenas em 1960/61 e 1989/90. Ou seja, o Benfica 2009/2010 está na iminência de afastar marcas de períodos lendários do longo voo da águia.
Bastará uma vitória frente ao Marselha para que Jorge Jesus se transforme no treinador com mais triunfos durante uma época no plano europeu e apenas a cinco golos de conquistar o epíteto de onze mais concretizador.
Cardozo (7), Saviola (6) e Di María (4) integram o grupo dos mais eficientes, que corre o risco de suplantar linhas ofensivas de sonho: Eusébio, Torres, José Augusto e Simões.
Eriksson ultrapassado
A imagem do presente sobrepõe-se ainda às fases da liderança de Sven Goran Eriksson que, em 1982/83 e 1989/90, levou os benfiquistas a duas finais europeias - UEFA e Campeões, respectivamente.
Elemento curioso deste "top ten" e que espelha o equilíbrio de processos evidenciado pelo conjunto da Luz, além de valorizar o plano defensivo, é o facto de surgir ainda como uma das defesas menos batidas. Ou seja, neste rol de eleição, só o desenho liderado pelo sueco, que chegou à final de Viena frente ao AC Milan, sofreu menos golos. Quatro contra seis da presente versão que já alinhou mais um confronto.
A comparação estatística contém uma vertente subjectiva associada ao maior ou menor valor dos oponentes. No entanto, independentemente do epílogo, o esquema de Jorge Jesus já ganhou direito a entrar na galeria das águias e a história parece reservar um lugar de destaque.
1 comentários:
agora basta resultados de 1-0 e 0-0 para chegar a final, era melhor isso que suplantar a marca de golos... mas não deixa de ser um bom indicador :D
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