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20 janeiro 2010

Petróleo e champanhe



Por João Gobern in Record

A contratação de Ruben Micael, médio de vistas largas e pés de privilégio (no sábado até se lhe descobriu a cabeça, ao marcar um golo e ao silenciar uma transferência que já estava consumada), é - em teoria - um excelente passo para o FC Porto. Trata-se do jogador da nossa Liga que vinha a ser mais cobiçado pelos grandes, em tempos recentes. É português, é novo, é criador, tem larga margem de crescimento. Falta-lhe a prova de que tem mentalidade para dar o salto que agora se lhe exige. E a exigência não vai ter "compassos de espera": o meio-campo dos campeões não esconde o - prolongado - luto por Lucho, cuja armada de compatriotas (Belluschi, Mariano, Tomás Costa, Valeri, Prediger) parece servir apenas para a angústia das comparações.

Resta saber quem vai ser o sacrificado, a meio de uma viagem acidentada, que cederá o seu lugar ao madeirense. Fernando? Ninguém acredita. Raul Meireles? Tem, apesar de algumas oscilações, um estatuto de antiguidade e dedicação que não o recomenda para o sacrifício. Belluschi? É o mais provável, mas, a ser ele o preterido, fica dada a machadada final nas contratações milionárias e latino-americanas da pré-época, mesmo excluindo desta lista negra Alvaro Pereira e Falcão, ainda assim menos unânimes que o excelente "custo zero" Silvestre Varela. E fica por apurar se Ruben Micael estará pronto, no imediato, para assumir o mesmo papel de "interface", de "epicentro", que foi de Deco e de Lucho, uma vez que Diego foi queimado por um técnico "visionário".

Com tudo isto, e mesmo que não se confirmem os rumores de chegada de mais um atacante da América Latina, o FC Porto ainda pode ser campeão? Claro que pode. Há de receber o Braga e o Benfica, se bem que, nos 14 jogos em falta, terá de deslocar-se por oito vezes e quatro delas contra adversários que estão - circunstancialmente ou não - na primeira metade da tabela classificativa.

Contas feitas, a chamada de Ruben Micael fez cair pela base a solene declaração de Pinto da Costa quando disse que o FC Porto se tinha "aviado em terra" e dispensava os remendos do mercado de Inverno. Dois jogos da Liga em Janeiro e um pleno do Benfica em duas deslocações difíceis (Vila do Conde e Funchal) chegam para mudar tudo. Agora, ainda por cima com Jesualdo Ferreira a não ser capaz de assumir que o golo sofrido frente ao Paços de Ferreira é da sua exclusiva responsabilidade (saída de Fucile), por ter arriscado e, neste caso, perdido, há um "salvador da pátria" chamado Ruben Micael. Só o tempo provará se é ou não tarefa demasiado pesada para um homem que vai estrear-se nos grandes palcos e diante de um tribunal. Caso para dizer: afinal, havia petróleo. Quanto ao champanhe, mais tarde se verá se chega.

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