Neste blog utilizo textos e imagens retiradas de diversos sites na web. Se os seus autores tiverem alguma objecção, por favor contactem-me, e retirarei o(s) texto(s) e a(s) imagem(ns) em questão.

20 janeiro 2010

44 golos. Este Benfica amadureceu depressa e já é quarentão

Por Pedro Candeias in ionline

É preciso recuar 20 anos para ver águias mais ofensivas que estas. Foi na era Eriksson. Mas o campeão foi o FCP

O que se quer para uma criança? Que cresça a seu tempo, de forma saudável e equilibrada. E o que se quer para uma equipa? Que cresça rapidamente, sem lesões mas com um grande desequilíbrio, entre os golos marcados e os sofridos. Este Benfica já chegou a esse plano: com quatro novos jogadores no onze (Saviola, Ramires, Javi e Peixoto), outros dois recuperados (Di María e Cardozo), o clube deu um salto competitivo para jogar o dobro (como Jesus prometera) e assumir-se em pleno como candidato ao título. Amadureceu. E com muitíssimos golos marcados e pouquíssimos sofridos - 44 na baliza dos outros fazem do Benfica a equipa mais concretizadora; 9 golos na própria dizem que o Benfica é a segunda melhor defesa, atrás do Braga (6).

Mesmo que nada conquiste, esta equipa vai figurar nos almanaques encarnados como uma das mais goleadoras dos últimos tempos. Tal como a de 1989/90: à 16.ª jornada (14 de Janeiro) chegou aos 46 golos (vitória por 2-0 contra o Estrela da Amadora, bis de Mats Magnusson), mas acabou a época sem o título porque a segunda volta foi desastrosa. Veloso, o capitão da equipa derrotada na final de Viena pelo AC Milan (0-1), diz que os golos surgiam porque havia confiança. "Era uma questão de dinâmica. Estávamos confiantes e jogávamos para ganhar. Além disso, tínhamos bons jogadores." O i lança-lhe o desafio.

Veloso, trocaria alguém do Benfica desta época por outro de 1989/90?

Assim de repente, não. Prefiro o Valdo ao Aimar, o Magnusson ao Cardozo e o nosso quarteto defensivo era muito bom: comigo, com o Álvaro, e o Ricardo e o Aldaír. Se bem que estas comparações sejam sempre injustas. Mas talvez o Di María e o Javi García tivessem lugar no onze dessa época.

ONDE ANDAVAM ELES Para Veloso, entraria Di María e sairia Pacheco. E será que Angel Di María já ouviu falar em Pacheco? É pouco provável. Em Janeiro de 1990 faltava um mês para o esquerdino que dizem estar a apaixonar Manchester (o United e o City) completar dois anos. E só alguns anos mais tarde o argentino começaria a dar os primeiros pontapés na bola no clube El Torito, no bairro La Perdriel, em Rosario. Hoje em dia é o homem que mais assiste para golo no Benfica, em benefício de Saviola e Cardozo. E onde estava Saviola em 1990? Bom, o baixinho tinha oito anos, jogava futsal e estava a dois da primeira rejeição da vida dele quando um treinador o deixou de lado por causa do físico. Aos 16 explodiria no River Plate e chegaria à Europa. Em 2010, leva 17 golos de águia ao peito e garante não se lembrar de ter marcado alguma vez em sete jogos consecutivos, como fez agora.

Cardozo, que entraria no sétimo jogo sem marcar não fosse o penálti da Madeira, tinha seis anos em 1990. Nessa altura o futebol era um sonho escurecido pelo carvão que tinha de apanhar com o pai para ajudar a família. Cresceu depressa, como o Benfica deste ano, e agora é o goleador do clube e da Liga (15 golos), com três hat tricks - frente ao Setúbal (8-1) ao Nacional (6-0) e à Académica (4-0). É muito graças aos golos dele que os benfiquistas constroem piadas nas bancadas. Há quem diga que os jogos têm de ser vistos à inglesa, de pé, poupando aos adeptos o trabalho de se levantarem para festejar os golos; e há os que se queixam de dores abdominais tantas são as vezes que têm de se levantar para ver os golos. A brincar, a brincar, que venha a verdade: o benfiquista festeja um golo a cada 32 minutos.

Sven-Goran Eriksson (antigo treinador do Benfica)
Agora que terminou o jogging podemos falar sobre o Benfica de 1989/90?
Claro que sim, vamos lá a isso.
Esta época o Benfica tem marcado muito, mas no seu tempo marcou ainda mais. Havia alguma explicação?
Foram anos muito bons no Benfica. A explicação? É simples! O Magnusson estava completamente on fire! E a equipa marcava muitos golos por isso. Tínhamos uma bela equipa e não nos faltava confiança.
Mas acabou por haver uma quebra na segunda metade da época. Porquê?
Ahhh... (riso) Disso já não me lembro tão bem... Já foi há muito tempo, 20 anos. De qualquer forma, fizemos uma excelente campanha em Portugal e na Europa.
Que culminou com a final perdida com o AC Milan...
Bem, nós tínhamos uma boa equipa, mas a do AC Milan era bem melhor. Perder em Viena não foi vergonha nenhuma.

2 comentários:

Em 89/90 nós sabemos bem qual foi/foram os problemas das 2as voltas do campeonato!!!
Ainda hoje existem resticios, e muitos, desse tempo!

se tivesse sido só em 89/90... nessa altura estava a começar em grande a produtividade do sistema dos dois pintos!

Enviar um comentário

Qual a tua opinião?
Usa e abusa deste formulário para tecer as tuas ideias em defesa do GLORIOSO SLB!!