Crónicas de José António Saraiva, in Record
Quando o Benfica estava a fazer uma época de sonho, a tragédia abateu-se sobre a equipa.
Tudo começou em S. Petersburgo, quando Bruno Alves investiu brutalmente contra Rodrigo e o afastou do jogo. Tive logo a perceção de que a sorte para o Benfica estava a mudar.
Primeiro foi a derrota através de um golo estúpido no dealbar desse jogo na Rússia, depois foi o desaire em Guimarães, o empate em Coimbra e a derrota contra o FC Porto, em que tudo sucedeu: a lesão de Aimar, a lesão de Garay, a expulsão de Emerson e um golo em fora-de-jogo.
Nesta fase decisiva da época, tudo correu mal ao Benfica: as arbitragens, uma expulsão cirúrgica e muitas lesões. Javi García (uma pedra decisiva) esteve três jogos fora, Garay (que era o melhor defesa) foi para o estaleiro, Aimar (que é insubstituível) está outra vez magoado, Rodrigo (que estava a ser o melhor avançado) ficou a 50% depois da agressão em S. Petersburgo.
Foi demais!
Depois disto, só faltava Jesus sair para a destruição ser completa. Para chegar ao fim um projeto que custou tanto a construir e projetou tantos sonhos.
A esperança voltou a renascer na noite de ontem, com a vitória sobre o Zenit. Quatro dias depois da infortunada derrota com o FC Porto, este sucesso teve uma grande virtude: inverteu um ciclo maldito. E esclareceu uma dúvida: a equipa não estava afinal mentalmente tão fraca como se temia.
Daqui para a frente, o Benfica tem ainda tudo em aberto: a Liga portuguesa e a Champions League.
E se a Champions é uma lotaria, no nosso campeonato uma coisa é certa: se o Benfica ganhar todos os jogos até ao fim, tem grandes hipóteses de ser campeão. Se não ganhar, a culpa é sua..."
Quando o Benfica estava a fazer uma época de sonho, a tragédia abateu-se sobre a equipa.
Tudo começou em S. Petersburgo, quando Bruno Alves investiu brutalmente contra Rodrigo e o afastou do jogo. Tive logo a perceção de que a sorte para o Benfica estava a mudar.
Primeiro foi a derrota através de um golo estúpido no dealbar desse jogo na Rússia, depois foi o desaire em Guimarães, o empate em Coimbra e a derrota contra o FC Porto, em que tudo sucedeu: a lesão de Aimar, a lesão de Garay, a expulsão de Emerson e um golo em fora-de-jogo.
Nesta fase decisiva da época, tudo correu mal ao Benfica: as arbitragens, uma expulsão cirúrgica e muitas lesões. Javi García (uma pedra decisiva) esteve três jogos fora, Garay (que era o melhor defesa) foi para o estaleiro, Aimar (que é insubstituível) está outra vez magoado, Rodrigo (que estava a ser o melhor avançado) ficou a 50% depois da agressão em S. Petersburgo.
Foi demais!
Depois disto, só faltava Jesus sair para a destruição ser completa. Para chegar ao fim um projeto que custou tanto a construir e projetou tantos sonhos.
A esperança voltou a renascer na noite de ontem, com a vitória sobre o Zenit. Quatro dias depois da infortunada derrota com o FC Porto, este sucesso teve uma grande virtude: inverteu um ciclo maldito. E esclareceu uma dúvida: a equipa não estava afinal mentalmente tão fraca como se temia.
Daqui para a frente, o Benfica tem ainda tudo em aberto: a Liga portuguesa e a Champions League.
E se a Champions é uma lotaria, no nosso campeonato uma coisa é certa: se o Benfica ganhar todos os jogos até ao fim, tem grandes hipóteses de ser campeão. Se não ganhar, a culpa é sua..."
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