Crónicas de Rui Miguel Tovar, in ionline
Muslera é guarda-redes do Galatasaray, mas nunca mais se ouve falar dele depois de defender a baliza do Uruguai na Copa América. Lugano é o central do Paris SG, mas nunca mais se ouve falar dele depois de capitanear o Uruguai na Copa América. Forlán é o avançado do Inter, mas nunca mais se ouve falar dele depois de decidir a final da Copa América a favor do Uruguai com dois golos ao Paraguai. Mas afinal digam-nos lá o nome de um uruguaio que continue a fazer boa figura na Europa depois de conquistar a América do Sul em Julho do ano passado?
A resposta é simples e está mais perto de si do que imagina. Chama-se Maxi Pereira. O lateral fala a língua de Octávio Machado – trabalho, trabalho, trabalho – e é uma fonte inesgotável de energia. É campeão sul-americano pelo Uruguai na tarde de 24 de Julho e voa para Montevideo para participar na festa do título. Passa um dia, dois... e decide voltar a jogar futebol. Pelo Benfica, com o Trabzonspor, para a primeira mão da 3.a pré-eliminatória da Liga dos Campeões. De Montevideo a Lisboa (não) é um tirinho. É uma viagem de 11 horas.
E então? Maxi aterra na Portela na manhã do dia 27, todo sorridente, e vai para a Luz, onde entra a 27 minutos do fim, a tempo de participar na vitória por 2-0. Começa aqui a odisseia do Benfica na Europa (12 jogos, seis vitórias, cinco empates e uma derrota). E também a de Maxi nas Eurotaças (11 jogos, porque falha a recepção ao Otelul Galati, quando o feliz destino do Benfica nos oitavos--de-final já está mais que traçado).
Como se isso fosse pouco, Maxi é o homem de quem se fala. É verdade que Nélson Oliveira marca o 2-0 e é o primeiro português de um clube nacional a marcar depois de Fábio Coentrão em Novembro de 2010 (4-3 vs. Lyon, na Luz), mas o fenómeno Maxi é o mais relevante na noite da qualificação do Benfica para os quartos-de-final. À conta do seu golo (1-0, após brilhante toque de calcanhar de Witsel), não só o Benfica se coloca à frente na eliminatória como o uruguaio volta a marcar ao Zenit depois de o ter feito em Sampetersburgo, na primeira mão.
OK, e quem é o último lateral (direito ou esquerdo, tanto faz) de um clube nacional a fazer isso? Ora bem... deixa cá ver... é o Maxi. Nãããããã. Sim senhor, Maxi Pereira marca no 1-1 com o Marselha e no 2-1 em Marselha, também nos oitavos-de-final, mas da Liga Europa em 2009/10. É um repetente, portanto.
E antes do Maxi Pereira de 2010? Há quem diga Pietra, outro benfiquista, em 1976/77. Ele marca de facto ao B 1903 Copenhaga na Luz (1-0) e na Dinamarca (1-0), mas joga como médio-direito. Em ambos os jogos, o lateral é António Bastos Lopes. Voltamos então à estaca zero e repetimos a pergunta: quem é o lateral goleador antes de Maxi? A resposta vem de Alvalade. É Pedro Gomes em 1971/72, com o Rangers. Em Glasgow, faz o 2-3 definitivo. Em Lisboa, marca o 3-2 que dita o prolongamento. Ambos aos 87 minutos! Isto é que o Maxi já não consegue. Mas ainda vai a tempo.
A resposta é simples e está mais perto de si do que imagina. Chama-se Maxi Pereira. O lateral fala a língua de Octávio Machado – trabalho, trabalho, trabalho – e é uma fonte inesgotável de energia. É campeão sul-americano pelo Uruguai na tarde de 24 de Julho e voa para Montevideo para participar na festa do título. Passa um dia, dois... e decide voltar a jogar futebol. Pelo Benfica, com o Trabzonspor, para a primeira mão da 3.a pré-eliminatória da Liga dos Campeões. De Montevideo a Lisboa (não) é um tirinho. É uma viagem de 11 horas.
E então? Maxi aterra na Portela na manhã do dia 27, todo sorridente, e vai para a Luz, onde entra a 27 minutos do fim, a tempo de participar na vitória por 2-0. Começa aqui a odisseia do Benfica na Europa (12 jogos, seis vitórias, cinco empates e uma derrota). E também a de Maxi nas Eurotaças (11 jogos, porque falha a recepção ao Otelul Galati, quando o feliz destino do Benfica nos oitavos--de-final já está mais que traçado).
Como se isso fosse pouco, Maxi é o homem de quem se fala. É verdade que Nélson Oliveira marca o 2-0 e é o primeiro português de um clube nacional a marcar depois de Fábio Coentrão em Novembro de 2010 (4-3 vs. Lyon, na Luz), mas o fenómeno Maxi é o mais relevante na noite da qualificação do Benfica para os quartos-de-final. À conta do seu golo (1-0, após brilhante toque de calcanhar de Witsel), não só o Benfica se coloca à frente na eliminatória como o uruguaio volta a marcar ao Zenit depois de o ter feito em Sampetersburgo, na primeira mão.
OK, e quem é o último lateral (direito ou esquerdo, tanto faz) de um clube nacional a fazer isso? Ora bem... deixa cá ver... é o Maxi. Nãããããã. Sim senhor, Maxi Pereira marca no 1-1 com o Marselha e no 2-1 em Marselha, também nos oitavos-de-final, mas da Liga Europa em 2009/10. É um repetente, portanto.
E antes do Maxi Pereira de 2010? Há quem diga Pietra, outro benfiquista, em 1976/77. Ele marca de facto ao B 1903 Copenhaga na Luz (1-0) e na Dinamarca (1-0), mas joga como médio-direito. Em ambos os jogos, o lateral é António Bastos Lopes. Voltamos então à estaca zero e repetimos a pergunta: quem é o lateral goleador antes de Maxi? A resposta vem de Alvalade. É Pedro Gomes em 1971/72, com o Rangers. Em Glasgow, faz o 2-3 definitivo. Em Lisboa, marca o 3-2 que dita o prolongamento. Ambos aos 87 minutos! Isto é que o Maxi já não consegue. Mas ainda vai a tempo.
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