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18 agosto 2011

Certezas e desejos


Depois do jogo na Holanda, é possível enumerar algumas certezas relativamente ao presente e ao futuro próximo do Benfica. Primeira: a alegada incompatibilidade, num mesmo onze, de Pablo Aimar e Alex Witsel é um disparate inventado por teóricos, que a criatividade inquieta do argentino e a disponibilidade múltipla do belga (para já, a mais útil e eficaz das aquisições dos encarnados) desmentem a cada lance. Segunda: a troca do milionário Roberto pelo discreto Artur é uma bênção para os que sofrem quando a bola se aproxima da baliza do Benfica e pode ser uma “maldição” para as ambições de Eduardo. Terceira: por mais detratores que colecione, por maior que seja o desespero pelos seus longos períodos de inatividade em campo, Oscar Cardozo há-de deixar muitas saudades no dia em que partir. Quarta: quem esperar de Nico Gaitán uma produção constante de lances vertiginosos e virtuosos, talvez ganhe em fazê-lo sentado, uma vez que o jovem argentino revela-se em fogachos e momentos, não em continuidade, parecendo além disso precisar de um banho de motivação. Quinta: é fundamental aproveitar até ao limite o estado de graça de Nolito que, com mais instinto do que saber e com mais alma e fúria do que frieza, lá vai deixando a sua marca em jogos consecutivos.

Dito isto, não é possível deixar de acrescentar que, com outra ambição, o Benfica teria chegado à vitória nesta primeira partida com o Twente, apesar da meia dúzia de intervenções decisivas de Artur. De um modo diferente do que aconteceu em Barcelos, mas com o mesmo desfecho (até no resultado), sentiram-se ocasiões de adormecimento que são incompatíveis com as anunciadas ambições da equipa. Para já, ainda vale o benefício da dúvida, devido por estarmos no princípio da época. Mas as próximas partidas vão definir se este Benfica 2011/2012 se aproxima mais do seu antecessor imediato ou do seu antepassado da primeira época de Jorge Jesus no clube.

Deseja-se que, no jogo em que vai ser anfitrião e que pode (deve!) abrir a porta aos milhões da Champions, se cumpra a tradição com Co Adriaanse – que continua igual a si próprio com “mind games” primários e “bocas” fora de contexto –, que nunca ganhou uma partida ao Benfica. Já que se convoca a tradição, seria igualmente ótimo que ela se aplicasse ao Portugal-França de mais logo, na meia-final do Mundial de Sub-20. É que, ao contrário dos seniores, onde os gauleses são a nossa besta negra, nesta categoria nunca venceram os portugueses. Além disso, apresentam-se como favoritos. E também isso é um hábito que favorece os nossos, que preferem jogar sem a pressão do favoritismo. Ainda por cima, a uma etapa apenas do sonho final. Haja físico, que o talento está lá.

1 comentários:

O Benfica está muito mal representado nos programas de "paineleiros" da TV. A maioria, não tem nível. Mas na escrita, a situação já é outra. E daqueles poucos a quem deixam escrever, o João Gobern, dá-me muito orgulho, pelo seu carácter, educação e inteligência, que seja benfiquista!

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