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28 outubro 2010

Bola apátrida


Qual é a equipa mais portuguesa da Liga dos Campeões? Na última ronda, os nossos representantes institucionais, limitaram-se a exibir três jogadores nascidos nestas paragens. O Benfica mostrou Fábio Coentrão e Carlos Martins, o Sporting de Braga exibiu Sílvio. Três atletas apenas num total de 22. Será que ainda se pode falar de futebol português no âmbito dos principais clubes? Qual é a equipa mais portuguesa da Liga dos Campeões? Na última ronda, a palma foi para o Real Madrid. Por causa de Mourinho? Por causa de Pepe, Ricardo Carvalho e Cristiano Ronaldo. Foram os três titulares, emprestando ao colosso espanhol mais matriz lusitana do que os nossos Benfica e Sporting de Braga. Distantes vão os tempos de “José Augusto, Torres, Eusébio e Simões”. Distantes vão os tempos de “Manuel Fernandes, Jordão e Oliveira”. Distantes vão os tempos de “Jaime Magalhães, Jaime Pacheco, André, Sousa e Futre”. Distantes vão esses e outros tempos. Distantes vão os tempos em que, entre outros, José Maria Pedroto fazia o futebol português falar… português. A globalização chuta na bola com a autoridade dos novos tempos. Só as selecções têm idioma futebolístico e mesmo essas não se demitem de recepcionar jogadores naturalizados. Na actualidade, o que é o futebol português, também o espanhol, o inglês, o italiano, até o russo? Uma mixórdia de nacionalidades, de saberes, de estilos. Uma mixórdia tão irreversível quanto irreversível continua a ser o mais apetecido jogo das massas. O problema é mesmo de natureza emocional. Noutros tempos, tão belamente sublinhadas as matrizes nacionais, o futebol tinha ou não tinha mais encanto?

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