«SOMOS muitos e não é fácil pararem-nos»: foi como bem reagiu Jorge Jesus à pergunta no final do jogo no Algarve a propósito de a larga maioria da assistência ser benfiquista. Uma resposta concisa, inteligente e inatacável. Não pondo em causa os órgãos sociais do clube, o treinador encarnado constatou a força que nenhum decreto, ordem ou fatwa consegue deter. E ainda bem.
Percebi o contexto da recomendação da Direcção e nem a critico pelo carácter invulgar ou despropositado. Verdadeiramente, o único aspecto que não entendi (e não é de somenos…) foi o de ter minimizado assim tão acentuadamente a força imbatível e imparável do Sport Lisboa e Benfica. Força, aliás, que começa no Estádio da Luz, que acaba de completar sete anos e já acolheu 7 milhões de pessoas, e se prolonga por todo o lado!
Dizem os factos, a estatística e as contas das equipas onde as águias vão jogar, que é o Benfica e só o Benfica que lhes proporciona o jogo do ano. Que sentido faria que nessa festa não estivessem os benfiquistas? Afinal quem ganharia com isso? É o que em teoria dos jogos se chama «um jogo de soma negativa»: todos perdem, ninguém ganha.
Vi o jogo de domingo pela TV. Quando Javi García marcou o golo da vitória pensei no insólito que seria se tivesse sido festejado em silêncio. Ou no fim, se os jogadores saíssem sem acenar aos sócios e adeptos. Nestas circunstâncias, o silêncio nunca é de ouro. O futebol é entusiasmo, calor humano, vibração, nervo, cor, paixão, movimento. Os jogadores precisam de sentir tudo isso. Sócios e adeptos também.
Última nota: vi no estádio muitos benfiquistas, muitos benfiquistas – portimonenses e alguns portimonenses. Mas estando a jogar Ventura, Ivanildo, Candeias, André Pinto & Cª não vi lá adeptos portistas. Estranho, não é?
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