Neste blog utilizo textos e imagens retiradas de diversos sites na web. Se os seus autores tiverem alguma objecção, por favor contactem-me, e retirarei o(s) texto(s) e a(s) imagem(ns) em questão.

30 setembro 2010

A análise de JVP Shalke-Benfica


1
Benfica entrou bem, mas depois…

Tratou-se de um jogo muito intenso, disputado em ambiente difícil, com o Benfica a deixar-se perturbar e a justificar o mau resultado depois de uma primeira parte em que esteve bem e chegou a dominar durante um bom período. Só que a equipa portuguesa pareceu apagar-se repentinamente por volta dos 60', acabando mesmo por se tornar irreconhecível depois de sofrer o primeiro golo.

O Benfica até entrou bem na partida, com boa atitude, boa dinâmica, personalidade e a querer assumir o jogo. Daí que tenha sido a equipa mais perigosa em campo durante uns bons 20 minutos. Confesso que gostei desse período em que só a lentidão de Cardozo impediu o golo logo aos 3'. Quem olhava para aquele Benfica organizado e ambicioso, a que só estava a faltar um pouco de serenidade na finalização e na definição do passe, não podia adivinhar o que iria acontecer na segunda parte.

2
Do poste veio o aviso

O Schalke conseguiu equilibrar a meio da primeira metade, contrapondo ao jogo mais trabalhado do Benfica um futebol directo, mais físico, mas também trapalhão, o tipo de jogo que lhe interessava numa altura em que se preocupava em tentar sacudir a pressão. Aliás, a única oportunidade de que dispôs foi na sequência de um balão para a frente a que se seguiu uma tabela entre Raúl e Jurado, com o primeiro a atirar ao poste, seguindo-se uma grande defesa de Roberto. Teria sido um golo injusto, mas foi também um aviso sério.

3
Schalke mais forte

O Benfica voltou a entrar bem na segunda parte, conseguiu um ligeiro ascendente, mas voltou a ser notória a falta de agressividade ofensiva e de serenidade no momento do passe. Daí que, de repente, o Schalke tenha dado a volta ao jogo. Para isso bastou-lhe aumentar a agressividade, a pressão e a velocidade. Passou a jogar mais perto da área do Benfica, o que fez aumentar as dificuldades. Depois aconteceu o golo, na sequência de um lance mal calculado por César Peixoto, e a equipa nunca mais se encontrou, evidenciando nervosismo a mais e, depois do segundo tento, até alguma desmotivação e descontrolo.

O número de passes perdidos pelo Benfica na segunda parte foi uma barbaridade. Aliás, é relevante afirmar que o golo surgiu numa altura em que o Schalke já era claramente a equipa mais forte em campo. Daí ter de se dizer que o resultado foi justo, atendendo ao que se passou na segunda parte.

4
Cautelas justificadas

Pode haver quem tenha estranhado o comportamento táctico do Benfica, mais cauteloso do que o costume, com Saviola mais recuado do que é habitual e Carlos Martins integrando-se numa linha de três médios à frente de Javi García, mas este era um jogo da Liga dos Campeões, o que, por si só, justifica cautelas. Depois de ganhar em casa ao Hapoel, pontuar fora teria sido muito importante. E o Benfica, pela forma como entrou no jogo, até mostrou que estava bem montado, mas depois cometeu demasiados erros e moralizou um adversário que vale mais do que aquilo que tem mostrado, tendo sido mais forte nos duelos e quando jogava em velocidade. Outro ponto importante - um bom exemplo para os adeptos portugueses - foi o apoio do público, que esqueceu a classificação na Bundesliga (penúltimo lugar), foi ao estádio e empurrou a equipa para a vitória. E não adianta dizer o contrário, porque um ambiente ao rubro ajuda uma equipa e intimida a outra.

5
David Luiz, Luisão e as substituições

Um reparo para a perda de bola de David Luiz no lance do segundo golo. Sair com a bola no pé é uma imagem de marca, não é de agora que ele arrisca muito, por vezes de mais. E é preciso ter em conta que a agressividade da Liga dos Campeões é bem maior do que a da liga portuguesa. E desta vez nem se pode dizer que perdeu a bola num confronto físico com um jogador mais forte ou mais rápido; bastou um adversário experiente e inteligente para lhe roubar a bola.

Bem esteve o colega do lado: Luisão foi o melhor elemento do Benfica, certo a defender, consistente e forte nos cruzamentos. Uma mais-valia.

Quanto às substituições, entendo a saída de Gaitán, mas pelo amarelo que tinha visto, porque estava melhor do que jogou depois Salvio; Saviola por Aimar foi troca por troca, talvez na procura de melhor definição de passe, mas não resultou; Cardozo por Kardec terá sido por lesão.

6
Benfica-Braga vai ser confronto de personalidades

Numa semana que claramente não foi portuguesa em termos de Liga dos Campeões, os representantes nacionais na prova defrontam-se no domingo. Antevejo um jogo interessante, porque ambos sofreram derrotas daquelas que doem. A personalidade dos jogadores de ambos os lados vai contar muito.

0 comentários:

Enviar um comentário

Qual a tua opinião?
Usa e abusa deste formulário para tecer as tuas ideias em defesa do GLORIOSO SLB!!