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BoyGenius
Por António Tadeia in O Jogo
Roberto não teve um pingo de culpa nos golos da Académica na Luz: ambos têm Sidnei escrito no rótulo, além do mérito de quem os marcou. Mas, se até teve direito a folga na que tem sido a sua maior dor de cabeça quando toca a fazer a análise dos jogos do Benfica, Jorge Jesus não terá na mesma tido uma noite isenta de ralações. É que, somado ao verificado na Supertaça, este é o segundo desaire do campeão em dois jogos oficiais.
Há sinais capazes de suscitar preocupação muito para lá da polémica à volta do guarda-redes de que Jorge Jesus nunca abdicará (pelo menos enquanto os especialistas o reclamarem) e começam exactamente nessa arrogância técnico-táctica de um colectivo que foi indiscutivelmente superior à concorrência em 2009/10 mas que parece agora reclamar uma inimputabilidade própria de quem não admite sequer ser questionado.
É verdade que, tal como Jesus previra na véspera, o Benfica de ontem teve muito que ver com o que começou a época anterior: muita presença na área adversária, a dar a ideia de massacre; esperança nos ressaltos, fruto dessa presença maciça; elevada intensidade de jogo, mas ainda alguma descoordenação, a permitir as saídas do adversário. A base está lá.
Mas depois há pormenores. E sem o dinamismo de Ramires, sem as acelerações de Di María, com Aimar em baixo e abdicando da inteligência posicional de Jara e de um sistema que o aproxima (e a Saviola) de Cardozo, que até foi o mais trabalhado na pré-época, este Benfica rende menos.
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