"Vencer e convencer" não se aplica a esta época do Benfica. A equipa "ganhou e encantou". Dentro do campo deu espetáculo; fora do campo fez a festa nos estádios por onde passou.
E isto prova que ganhar não chega. Os adeptos precisam de arte para vibrar e golos para festejar. A comparação do Benfica de Jesus com o de Trapattoni é esmagadora: embora com menos 4 jogos, somou mais 11 pontos, teve mais 5 vitórias e marcou mais 27 golos! Sem falar da Bota de Ouro.
Este sucesso foi obtido através de um espírito de conquista que não se revelava desde os tempos de Coluna, Eusébio, Águas & Cia. Mas vamos aos fatores de sucesso:
1. Adequação do estilo de jogo à matriz histórica do Benfica: ataque continuado com criação de muitas oportunidades de golo;
2. Postura franca e aberta em campo, sem nunca perder o espírito de bloco, tipo rolo compressor;
3. Capacidade de pôr cada jogador a render mais, através de uma integração rigorosa na manobra coletiva;
4. Padrão tático bem assimilado por todos, permitindo trocar jogadores sem alterar a forma de jogar;
5. Apostas individuais felizes, como a titularidade de Carlos Martins quando Aimar fraquejou ou o lançamento de Weldon para marcar golos decisivos;
6. Reconciliação da equipa com o 3.º anel, mercê do brilho em campo e do estilo e garra do treinador;
7. Blindagem dos problemas internos ao exterior, sem as intrigas que marcaram épocas anteriores.
Mas esta equipa também teve defeitos, que não faz sentido enumerar nesta semana de festa. Fica para a próxima. Porque este Benfica de Jesus ainda tem "margem de progressão", como dizem os técnicos.
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