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05 março 2010

A subdinâmica de Di María & O 'médio defensivo baixo'

Por Luís Freitas Lobo in A Bola


OS equilíbrios consubstanciam-se através de distintas formas de posicionamento ou movimentação. Falando em padrões de jogo, existem, porém, posições com posicionamento mais fixo do que outras. É outra boa forma de ver o jogar do Benfica de Jesus. Que posições (para além do guarda-redes, claro) são, nesse prisma, mais fixas? Os centrais, o pivot (médio defensivo baixo) e um avançado. Quatro posições em 10. O resto equilibra-se conjuntamente em movimento. Mas isso não é o mais importante. O fundamental é ver que esse comportamento dinâmico resulta de um posicionamento inicial que permite depois aos jogadores desenvolver/coordenar as suas diferentes variantes de inter-ligação no jogo. Ou seja, a estrutura potencia a dinâmica que respeita as características dos jogadores. Neste contexto, a especificidade do bom jogo de Di María resulta de uma subdinâmica que a estrutura (seu posicionamento e dos colegas em redor) lhe proporciona. A sua melhoria em relação à época passada neste ponto. Ele não melhorou tecnicamente. Ele melhorou tacticamente!


SEM Javi García, o Benfica nunca se desequilibrou na sua organização. Em vez de Ruben Amorim, Jesus buscou outra âncora táctica e meteu Airton, clone táctico-estilistico do espanhol. Não se notou a diferença. A razão, para além da inteligência simples de Airton (encostando-se bem aos centrais sem perder de vista os médios mais subidos), dando peso táctico e físico aquele espaço de pressão-recuperação-construção, esteve num conceito mais global do jogar benfiquista. Nesse espaço, as transições são feitas em segurança (apoiadas e curtas). O jogo só acelera depois.
Jesus não potencia o factor-surpresa a partir dessa posição. Potencia antes o factor-equilíbrio. Por isso, é difícil chamar ao seu nº6 um pivot. Colocar-lhe o rótulo defensivo também seria redutor, face à chamada construção simples. A melhor definição (para Javi ou Airton) da posição 6 no jogar, seria um médio defensivo baixo (entendendo-se o termo baixo como referente à sua colocação em campo na relação com o bloco). Nunca se mete em pressão e sai sempre dela com serenidade.



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