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23 março 2010

Guerra é guerra. E na guerra vence o mais forte



Por Filipe Duarte Santos e Pedro Candeias in ionline

O Benfica venceu o FC Porto por 3-0 e conquistou a terceira edição da Taça da Liga. Ruben Amorim, num frango de Nuno, Carlos Martins de livre directo e Cardozo nos descontos marcaram os golos da partida que valeu o primeiro título na carreira de Jorge Jesus


“Desculpe, Eriksson. Guerra é guerra”, disse Pinto da Costa ao então treinador do Benfica, em 1991, naquele célebre clássico nas Antas em que a equipa do Benfica se queixou de ser recebida com um balneário a feder a enxofre – os jogadores equiparam-se nos corredores. Guerra é guerra e ela está à vista, chegou à final da Taça da Liga no Algarve, num dos Benfica-FC Porto mais bélicos dos últimos tempos. Ao longo da época, as palavras dos dirigentes e as batalhas nos túneis foram os disparos que aqueceram o ambiente para este clássico. Depois o povo, já se sabe, reage com mais emoção do que razão: confrontos em áreas de serviço, pedrada junto ao estádio, testas abertas e sangue nariz abaixo. Bem vindo ao futebol português, o jogo vai começar.

O MUNDO AO CONTRÁRIO. Afinal, guerra é guerra, também no relvado. Carlos Martins e Bruno Alves procuram mais as pernas adversárias do que a bola. É o futebol ao contrário. Bruno Alves remata para o lado da sua baliza porque está mais preocupado em atingir Martins; e Kardec, do meio campo e também por raiva, quase consegue marcar golo na própria baliza._Que tiro! Que forma mais estranha de ceder canto.
Aqui e ali aparece algum futebol – Kardec isolado por Martins; bom remate de Rodríguez para defesa de Quim; Falcao a criar perigo – mas a tensão não sai do relvado. Ninguém joga muito bem nem muito mal, mas todos batem duro. Depois, neste mundo ao contrário há ainda quem possa esquecer-se das regras: o guarda-redes do FC Porto, Nuno, não se lembrou de utilizar as mãos naquele remate frouxo de Ruben Amorim e deu um frango do tamanho do mundo. Que o FC Porto não é o papão de outros tempos, isso já sabia, mas uma final é uma final e o que fazia menos falta era aquela traição que deu o 1-0 ao Benfica e afundou ainda mais os dragões no próprio desespero. A partir daí já não podiam disfarçar aquele limbo estranho, tenso, entre a vontade de dar tudo e ausência razão. Facilmente cairam em conflito. Quem consegue viver em serenidade, acima disso, é quem ganha. Aliás, só assim se explica que Carlos Martins, o dinamite ambulante, tenha marcado um livre-directo extraordinário e feito o 2-0 como se parecesse uma arma de alta precisão.
O jogo foi para intervalo com 2-0 (Bruno Alves e Aimar pegados, claro) e uma ideia de que o Benfica, mesmo a anos luz do que fez em Marselha a meio da semana, tinha o jogo mais do que ganho. E não fazia diferença nenhuma o facto de ter deixado no banco quatro titulares indiscutíveis, como Javi García, Ramires, Saviola e Cardozo.

O FC PORTO AO CONTRÁRIO Talvez o FC Porto também já tivesse dado tudo como perdido. A equipa de Jesualdo não teve uma bola de golo, não reagiu, olhou impotente a forma como Jesus ainda melhorou o onze, lançando Saviola, Ramires e Cardozo. O banco dragão, para a frente, resumiu-se a Orlando Sá. E o Benfica, mesmo sem nunca apertar, ainda fez o 3-0 no final. A Taça da Liga, o primeiro troféu da nacional de Jesus, é a confirmação oficial da força de uns e da fraqueza de outros. Da inspiração, da tranquilidade, da garra e da qualidade; e da falta de tudo isso. E em tempo de guerra ser mais forte faz toda a diferença.

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