Por Miguel Góis in Record
Abriu a época de caça ao Jesualdo Ferreira, sobretudo entre os comentadores afetos ao FC Porto. O técnico que lapidou Bruno Alves, Fernando e Lisandro é apontado agora como o principal responsável pela má época da equipa, em ex aequo com um jurista que viu num monitor as imagens de dois jogadores a agredirem violentamente um segurança no final de uma partida e, sem que nada o fizesse prever, decidiu castigá-los de acordo com o que está escrito nos regulamentos. A magnífica e rigorosa gestão do FC Porto, dizem, não merece um treinador assim.
Era justamente nesta última frase que eu estava a pensar, quando começou a partida de terça à noite entre uma equipa que gastou esta época 11 milhões de euros em reforços - o Arsenal - e outra que desembolsou 31 milhões de euros - o FC Porto. Foi também essa frase que me ocorreu quando se começou a perceber que Diaby (que custou 3 milhões de euros) e Song (4 milhões de euros) dominavam o meio-campo do FC Porto, onde nem sequer constavam Belluschi (5 milhões de euros por 50% do passe) e Prediguer (4,2 milhões de euros). E também quando se tornou visível que Clichy (350 mil euros) estava a desempenhar bem melhor o papel de lateral-esquerdo do que Alvaro Pereira (4,5 milhões de euros por 80% do passe). E quando, no final do jogo, Bendtner (custo zero) somou mais três golos do que Hulk (5,5 milhões de euros por 50% do passe). Bom, talvez o resultado tivesse sido diferente se o lesionado Fàbregas (1,4 milhões de euros) e o preterido Tomás Costa (4 milhões de euros) tivessem alinhado.
E é esta a gestão que o presidente do José Eduardo Bettencourt quer implementar no Sporting. Por mim, tudo bem.
1 comentários:
até deve custar ler isto... para um dos aluados que andou a ser enganado estes anos todos, e que enquanto havia títulos nem pensava para onde iam todos os milhões das vendas!
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