A cobiça europeia

Por Luís Lemos in O Benfica

O SLB está a fazer um campeonato notável. Pese embora um ou outro jogo menos conseguido os comandados de Jorge Jesus têm sabido interpretar fielmente a sua filosofia de jogo e os resultados não podiam ser mais satisfatórios. Pressão alta, intensidade, liberdade para os criativos, rigor defensivo, eficácia na concretização. Estas são as máximas com que a nossa equipa sobe a todos os campos do País. Numa altura em que se entra no último terço do campeonato é natural que a tradicional “novela” de entra e sai de jogadores faça manchete nos principais jornais desportivos. O Benfica e os seus jogadores, fruto do excelente momento que atravessa, tem sido um dos principais alvos do mercado. É usual assistirmos nos nossos jogos à presença de “olheiros” responsáveis de diversos grandes clubes europeus. Face à galopante cobiça dos principais gigantes é fundamental que o equilíbrio mental dos nossos atletas se mantenha, bem como os seus índices de concentração. Jorge Jesus vai ter um trabalho suplementar: conseguir desviar as atenções do acessório e motivar os atletas para aquilo que realmente importa que é a conquista do Campeonato.

Contas controladas

Com um passivo a rondar os 340 milhões de euros, O Benfica fez saber publicamente através do CEO, Domingos Soares de Oliveira, que estes prejuízos estavam perfeitamente calculados. Relembrou o administrador da SAD, que “depois das últimas eleições, o presidente Luís Filipe Vieira definiu que a prioridade seria dada ao investimento na componente desportiva e só por isso não fizemos qualquer alienação dos nossos principais activos”. Para rematar, DSO disse aos microfones da Benfica TV, que “ao tomarmos essa opção, sabíamos naturalmente que iríamos entrar numa situação de prejuízo perfeitamente calculado. Não houve aqui nenhuma situação de surpresa. Faz parte da estratégia”. Estas declarações constituem a face visível e transparente da actual gestão financeira. As contas estão controladas e apesar do elevado passivo, o Benfica prepara-se para fazer um encaixe financeiro superior a 100 milhões de euros com a venda de 3 ou 4 jogadores. Mas fiquem os benfiquistas descansados pois o futuro está acautelado. Kardec, Éder Luís, Airton, Fábio Faria e Franco Jara que o digam.

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