Por Luís Seara Cardoso in Record
Ao invés da temporada passada, o ano civil começou bem para o Benfica. A exibição frente ao Nacional não teve tanta qualidade quanto outras, mas foi ainda assim um triunfo justo, depois da pausa de Natal.
A Liga regressa no próximo fim-de-semana. Uma deslocação a Vila do Conde e outra, na semana seguinte, ao Funchal, constituem-se como testes da maior importância para a prossecução dos objetivos do Benfica. Dois triunfos darão o embalo necessário para uma bem sucedida segunda metade da competição. Será pedir muito? Será apenas pedir que o Benfica exteriorize nesses embates o seu reconhecido potencial.
Entretanto, prova inequívoca da vitalidade atual do clube, três novos reforços ingressaram num plantel já de reconhecida valia. Assisti, no Brasil, à recente coroação do Flamengo e testemunhei quão valioso é Airton, jogador de grande qualidade e com uma margem de progressão incalculável. Na TV, vi também alguns desempenhos de Éder Luís (confesso que me caiu no goto) e do ponta-de-lança Kardec. O Benfica não se limita a ganhar no campo, apetrecha os quadros para o futuro.
No ano transato, por esta altura, uma imprevista derrota na Trofa começava a hipotecar a candidatura ao título. Desta feita tudo parece conjugar-se noutro sentido. A equipa é forte, está bem orientada. O clube é dirigido de forma serena, competente. A atmosfera não poderia ser mais positiva, mas obviamente não poderá ser aliviada a tensão, teremos de manter o músculo demonstrado até aqui. O resto fica por conta dos sócios e dos simpatizantes, nos quais me incluo, e da minha parte irei com certeza cumprir com as obrigações.
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