Por Santos Neves in A Bola
OS túneis voltam a ser especial escuridão no nosso futebol. Porque muitos dirigentes mantêm mal camuflado gosto por zonas nada transparentes onde se aposta em pressões/intimidação (velha história diz que sobretudo sobre árbitros...) e em desforras de maus fígados pós-derrota, bem como no tão estúpido acto de gozar/provocar o derrotado. Os túneis entre terreno de jogo e cabinas tiveram sórdido historial ao longo de muitos anos...; ei-lo de regresso nesta temporada, sendo mais mediatizadas as agressões ao intervalo do Sp. Braga-Benfica e no final do Benfica-FC Porto, nada por acaso despiques em que se discutiu liderança do campeonato. Amiúde, punição de futebolistas. Mais raramente, de treinadores. Mas sempre escapa a responsabilidade de fundo: a dos dirigentes... porque dão rédea solta à agressividade; aliás, por actos e omissões, até a estimulam. E é por assim quererem continuar, por não poucos terem interesse numa certa escuridão... também nos túneis, que a organização das competições profissionais não ganha, de uma vez por todas, absoluta clareza. Exemplo a propósito: há túneis com boa cobertura de câmaras, outros que nem por isso e outros sem elas, ou desligadas... Daí a deliberada cegarrega de versões sempre contraditórias. Toca a impingir aos adeptos – e nos órgãos dis- ciplinares – que a culpa foi dos outros. E daqui não saímos... porque quem dirige pura e simplesmente não quer.
Surgiram os stewards, segurança civil contratada pela equipa da casa. Não sei se com grande ou nenhuma culpa própria, foram protagonistas nos desacatos em Braga e na Luz. Uma coisa é certa: isentos de clubite é que também eles, obviamente, não são.
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