Por Filipe Fernandes in expresso
Quem acreditaria que com Luís Filipe, Carlos Martins, Felipe Menezes, Weldon, César Peixoto e Urreta o Benfica conseguiria ganhar de forma tão clara ao FC Porto? Ainda para mais, debaixo de um dilúvio e com Lucílio Baptista a correr atrás da bola de apito na boca e olhos fechados?
Com o esmorecer das exibições do Benfica e com a inédita enchente da enfermaria, os adeptos do FC Porto chegaram à Luz esperançados e a equipa deixou-se contagiar. Nos primeiros minutos, Hulk e companhia ainda tentaram atacar, mas nunca o conseguiram.
Porquê? Acho que se chama David Luiz, é meio tresloucado e tem uns caracóis que os avançados se habituaram a ver de perto, segundos antes de perderem a bola. Contra o FC Porto, ainda fez a assistência para o golo.
No final do jogo, a estatística da Sport TV não deixava dúvidas: 16 remates do Benfica contra apenas seis do Porto. A equipa nortenha, raramente conseguiu mais que três passes seguidos e só aos 61' Álvaro Pereira deixou que Quim se voltasse a mostrar a Queiroz. Deu para Urreta brincar com Fucile, deu para Rodriguez fazer um penálti e mais uma vez escapar à expulsão - é impressão minha ou fica sempre nervoso na Luz? - e ainda para o espadaúdo Saviola mostrar porque a ida de Falcao para o Porto foi o melhor negócio da pré-temporada benfiquista.
Ontem, pela primeira vez esta época, fiquei convencido que a equipa de Jesus tem o que é preciso para ser campeã. Mais que estrelas capazes de golear pequenas equipas, os encarnados mostraram vontade de ganhar - coisa que lhes faltou, por exemplo, em Alvalade - e capacidade de sacrifício para ultrapassar as dificuldades da relva, do árbitro e de um adversário habituado a ganhar.
Fico com uma dúvida: o que teria acontecido se a relva estivesse seca e o Benfica não tivesse meia equipa no estaleiro?
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