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23 novembro 2009

É Carvalhal, só Lucílio leva a mal



Por Zé Diogo Quintela in A Bola

ESTOU contente por ter vindo o Carlos Carvalhal. Não disse nada antes para não agourar, mas era o meu favorito. Por várias razões. Por exemplo, se o Sporting se quer estrear na conquista da Taça da Liga, (o único troféu nacional que lhe falta), fez bem em ir buscar um dos dois maiores especialistas em ganhar Taças da Liga. A outra hipótese era o Lucílio Baptista. Mas para esse é que não temos mesmo orçamento.Independentemente disso, estamos a falar do homem a quem o Mourinho pedia os apontamentos, no curso de treinadores. Além da Taça da Liga, tem no palmarés um bocadinho da Liga dos Campeões e um bocadinho da UEFA.
Devo dizer que não me surpreendeu a postura intransigente da Académica em relação a Villas Boas. Não é por estar em último lugar que a Académica deixa de ser um clube com grandeza. É prova disso a sua atitude negocial. Tal como, na época passada, foi prova disso o facto de o Benfica ter colado, no balneário, as declarações provocatórias do capitão da Académica, antes de a receber na Luz. Para incentivar um plantel, nada como as palavras de um jogador da Académica. Infelizmente, não serviu de nada e o Benfica perdeu à mesma.
ASelecção qualificou-se para o Mundial, mas quem ler as reacções do seleccionador, de alguns jogadores e comentadores, quem ouvir os fóruns das televisões e das rádios, fica a achar que o apuramento foi conseguido contra os críticos da Selecção, em vez de contra a Bósnia. Os verdadeiros adversários da Selecção não foram Erjon Bogdani, o matreiro avançado albanês, ou Haris Medunjanin, o irrequieto médio bósnio, mas sim o cronista sicrano ou o jornalista beltrano, que criticam o trabalho de Carlos Queiroz.
Maior do que o regozijo por ter ganho o play-off, é a alegria com que prevêem que quem disse mal vai voltar agora, com o rabinho entre as pernas, para passar a dizer bem. Pela minha parte, acertaram. Cá estou eu, com o meu rotundo traseiro entalado entre as pernas arqueadas, a dizer que afinal, ao contrário do que fui dizendo aqui, esta Selecção é muito bem orientada e joga imenso. Ui, como joga!
É que estive a pensar melhor e, afinal, a derrota em casa com a Dinamarca, não foi patética, mas sim soberba. Foi uma astuciosa estratégia para os nossos adversários nos subvalorizarem. E, depois de uma análise mais profunda, concluí também que não marcar golos à Suécia foi bom e que empatar em casa contra dez albaneses foi óptimo. Reflecti e agora aceito também que tivemos azar nos remates à baliza, mas que as três bolas que a Bósnia mandou aos postes foram vicissitudes do jogo. Aliás, posso não perceber nada de servo-croata, mas tenho quase a certeza que o seleccionador da Bósnia disse «não sei o que é preciso fazer mais para se ganhar um jogo», um queixume que, pelos vistos, é normalíssimo.
Agora que enfiei a viola no saco, ponderei e já acho que foi boa ideia manter o Ronaldo a capitão. E passei a achar magistral ter insistido no Edinho, quando era suplente no AEK, e não convocar o Nuno Gomes, dizendo que era por não jogar no Benfica. (Eu sei que a verdadeira razão é o Nuno Gomes ter respondido ao Prof. Queiroz quando este, no tempo do Scolari, mandou umas bocas aos avançados da Selecção. E é bem feita: naquele tempo, as bocas eram mandadas para ajudar. Hoje em dia é que destabilizam).
Assim como, agora que vi a luz e virei a casaca, já acho que uma equipa que conta com o melhor jogador do mundo, que tem dos melhores laterais direitos, centrais e números 10 do mundo, jogadores do Chelsea, do Manchester, da Juventus, mais o melhor ponta-de-lança a jogar em Portugal nos últimos dez anos, uma equipa dessas afinal é fraquinha. O facto de a maioria destes jogadores terem qualificado directamente Portugal para o último europeu, onde foi até aos quartos-de-final, não empalidece estas exibições de agora.
Há, no entanto, uma opinião que mantenho desde o início: Carlos Queiroz tem feito um esforço para mobilizar os portugueses. Só que em vez de ser a favor da Selecção, é contra quem critica a Selecção. Para o prof. Queiroz e os seus partidários só se admitem críticas positivas. Críticas negativas são maldade e devem ser criticadas. Negativamente, o que não deixa de ser engraçado.

1 comentários:

O mundo é redondo, dá voltas, e ás vezes também dá voltas.

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