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29 setembro 2009

Crónicas


Os 'trincos' também podem ter um Porsche

Por Luís Freitas Lobo in expresso.pt

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Outros 'trincos'

E falemos mais da importância dos 'trincos'. O Benfica, depois de perceber o peso táctico deste jogador, sobretudo quando joga sozinho à frente da defesa, sente agora o peso da sua ausência. É a importância de Javi Garcia como 'âncora' do sistema de Jesus. No relvado, é ele que prende a equipa à relva (entenda-se defensivamente atenta) quando perde a bola e passa a defender. Sem ele, quem pode jogar nessa posição?

Mais do que a mera substituição, falo da capacidade de desempenhar o mesmo papel/missão táctica. Depende dos jogos, claro. Contra equipas mais fechadas, o termo 'trinco' deixa de fazer sentido. É então que nasce a denominação pivô. E é aí que faz sentido ver em campo, nessa posição, Ruben Amorim.

O jogo com o Leixões é a oportunidade ideal para desenvolver outro tipo de jogo a partir dessa posição. Garcia é a chave no equilíbrio defensivo do Benfica e indispensável no plano global de Jesus, mas o futebol de Amorim tem mais coisas para dizer ao jogo. Tal como, ao longo da época, frente a adversários diferentes, o Benfica também será obrigado a ter capacidade para dizer coisas diferentes... tacticamente.

Benficas e os 'muros'


Onde pode o Benfica evoluir tacticamente? Cada jogo tem criado uma atmosfera quase metafísica (adeptos, confiança dos jogadores, reacção ao jogo) que tem atemorizado os adversários na preparação da sua estratégia. Um espelho desse espírito está em cinco jogos ter defrontado três vezes equipas com três defesas-centrais e laterais recuados a fechar, formando uma linha de cinco defesas (Guimarães, Setúbal e Leiria).

Noutro jogo, ainda se deparou com o 'muro' do Marítimo. Mas as aparências tácticas também iludem. Como o 'muro de papel' do Setúbal, que, sem ter laterais a fechar, nunca conseguiu montar a tal defesa a '5' e deu as faixas para os extremos do Benfica fazerem o que quisessem. Foi exactamente o que Guimarães e Leiria não deram e por isso foram as que melhor defenderam, sem perder depois de vista as saídas para o contra-ataque. É o sistema que o Benfica tem mais dificuldade de defrontar, pois obriga-o a jogar pelo centro, onde a zona de pressão do adversário está no auge.

Coloca-se então a questão de saber se é melhor jogar com dois pontas-de-lança, isto é, dois avançados na área, ou com apenas um e colocar mais um médio ou segundo avançado recuado. É esta a melhor opção, ou, pelo menos, a que mais descoloca os defesas, pois o normal é um deles ficar atraído para ir atrás desse ponta-de-lança 'mentiroso' que sai da área. Uma missão que encaixa em Saviola. Mais do que outra forma de jogar, é outra forma de atacar. Como muitos jogos irão ter este perfil, esta questão será colocada muitas vezes à equipa.

É o estranho caso de quantos mais defesas meter o adversário perto da sua baliza, menos avançados fixos entre eles deve a outra equipa colocar. Só assim os fará sair dessa 'trincheira' defensiva.

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