Este querido mês de Agosto
Por João Bonzinho in A Bola
NO regresso de um período de férias de Verão, tempo para um pequeno resumo do que por aí se viu e ouviu neste querido mês de Agosto, agora que já arrancou a Liga, que já se sentiram as primeiras emoções das competições europeias de futebol, que voltou a ver-se um português (grande Nuno Ribeiro) no lugar mais alto do pódio da Volta a Portugal, agora que o fantástico Nélson Évora brindou um país pobre e muitas vezes mal agradecido com mais um título, o de vice-campeão do mundo do triplo-salto, e, entre outras coisas, agora que Cristiano Ronaldo resolveu dar resposta a uma acusação que julgo nunca ter existido. Um disparatado equívoco. Disse Ronaldo, esta semana, em Dortmund, na Alemanha, no final de um jogo de exibição do Real Madrid: «Mereço mais respeito. Fiquei muito triste por sentir que puseram em causa o facto de ter estado doente e por isso não ter podido jogar pela Selecção no Liechtenstein.»
Ronaldo falou nos nomes de Gilberto Madail e Carlos Queiroz como se tivessem eles duvidado da sua gripe. Um mal-entendido, parece-me. Na realidade, o que Madail e Queiroz parecem não ter gostado foi do comportamento dos responsáveis do Real Madrid, acusando-os de não ter comunicado da forma correcta a impossibilidade do jogador viajar. «O que está em causa são os procedimentos», disse, aliás, Queiroz na altura. Nunca entendi, pois, que Madail e Queiroz tivessem admitido sequer que Ronaldo fingira estar doente para não jogar pela equipa nacional. Se assim fosse, o caso era grave. Muito grave.
Não sei o que disseram a Ronaldo para o jogador ter reagido agora como reagiu diante de um microfone da SIC e menos sei a quem possa interessar um conflito tão disparatado. Sei que estas são as tais polémicas absolutamente desnecessárias e facilmente evitáveis. Depois de tudo o que já lhe aconteceu na qualificação para o Mundial de 2010, já só faltava mesmo isto à Selecção. Ela não precisa disto; precisa é de ganhar. Já em Setembro.
FÁBIO COENTRÃO é um dos nomes de quem se fala. No Benfica de Jorge Jesus, sempre que tem jogado mostra uma qualidade bem acima da média. Muito boa a sua entrada em jogo frente ao Marítimo, influenciando a equipa, dando-lhe ainda maior capacidade de marcar diferenças, com um assinalável espírito de luta e maturidade táctica.
Quase desde o ínicio da pré-temporada que Fábio Coentrão tem andado ainda muito perto de fazer um golo, como aconteceu de novo frente ao Marítimo. Precisa dele para se soltar ainda mais. Parece já consensual que se trata de um jovem cheio de potencial, e será uma pena se não vier a conseguir chegar ao nível que o seu talento promete.
TALENTO tem igualmente o jovem chileno Matías Fernandez, que o Sporting transformou no grande reforço desta época. Não queiram fazer do rapaz o Maradona. Dêem-lhe tempo. Deixem-no respirar, adaptar-se, conhecer os companheiros e a sua forma de jogar e movimentar-se. Com a Fiorentina, Fernandez já deu melhotres respostas: pensa rápido e executa rápido. É muito bom jogador.
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