Crónicas de Sílvio Cervan

Em Portugal só há dois grandes

Por Sílvio Cervan in A Bola

TEM sido delicioso ver os nossos adversários e afins a desdobrarem-se em justificações, sobre o nosso início de época. Ora os quatro troféus não significam nada, ora os adversários não tinham qualidade, ora das oito novas contratações apenas era interessante descobrir as debilidades defensivas do jovem Patric.

Tantas e tão grosseiras foram as análises que ficou claro, nesta pré-época, que só há dois grandes clubes em Portugal: o Benfica e o anti-Benfica (que congrega grande parte dos outros todos). Espero que esta incapacidade de reconhecer a qualidade e méritos no Benfica, seja pelo plantel aproveitada para solidificar o grupo e partir para um início de campeonato do mesmo nível da pré-época. Contra o Marítimo iniciamos um campeonato, que gostava (mas não espero) honesto e disputado apenas dentro de campo.

Prometi a mim mesmo não dizer o que penso da nomeação de Soares Dias, e assim sendo desejo boa sorte a todos os que vão arbitrar esta temporada. Tentarei escrever apenas depois dos jogos.

Parece que o departamento de recrutamento azul e branco encontrou outro avançado que tinha um primo que uma vez disse que poderia querer jogar no Benfica e por isso pondera contratá-lo. Força, queremos adversários fortes. Que venha com certificado internacional.

Magnífico o ambiente no Benfica - Milan. Grande festa. Grande jogo. E grande Quim. Já agora alguém se lembra de um guarda-redes português defender quatro penalties num jogo?

Domingo, contra uma das melhores equipas do nosso campeonato, precisamos de um Benfica de gala. Subiu a exigência e subiu a ambição. Mais de 60 mil na Luz seria a forma de mostrar que não estamos com euforia mas estamos com alegria pela equipa que temos.

Dia 20 temos o início do sonho europeu, na estreia de uma competição em novos moldes. Seria fantástico mais 60 mil a demonstrar uma simples questão de dimensão. Era bom ir descansado à Ucrânia.

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