Jesus na Luz... do risco total
Por Santos Neves in A Bola
A corda da sua vida tem sido trepada a pulso, arduamente, sem fortes bases estruturais – inclusive demarketing... – para mais depressa o inato talento que possui surgir na ribalta do intenso reconhecimen- to público. É 20 anos após a partida que a sua craveira como treinador de futebol, sempre em ascensão, frise--se, é desafiada pelo enorme teste com que muitíssimos sonham e a que bem poucos chegam: ser o líder técnico da equipa de um clube gigante.
Nos últimos tempos, brilhando no Belenenses e no Braga europeu, sentia-se Jorge Jesus pertinho dessa grande meta. Terá estado nas cogitações do Sporting e, crê-se que mais substancialmente, nas do FC Porto, caso Paulo Bento e Jesualdo Ferreira, por isto ou por aquilo, saíssem. Entrou no Benfica, quiçá, na última década e meia, o mais arriscado dos desafios mas também o mais desejado por treinador decidido ao tudo ou nada. E nunca terá havido, na Luz, um tempo de risco total como o que vai seguir-se!
Luís Filipe Vieira enfrenta decisivo contra- -relógio para voltar a vencer...; o super ídolo Rui Costa também... – espantoso: só um ano após tanto entusiasmo por vê-lo director desportivo!... – pelo menos para as duas linhas de assumida oposição que anunciaram querer destitui-lo. É perante este potencial de outro inferno na Luz... que Jorge Jesus tudo aposta. Ganhando, fantástica glória! Perdendo, altíssimo risco de ficar na situação do treinador – como tantos jogadores... – que é muito bom para equipas em luta por 4.º ou 5.º lugares, mas esbarra na gigantesca fronteira até um dos três gigantes. Há é momentos em que não ter ambição total é não ter ambição alguma.
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