Jogar o Dobro Por José António Saraiva in Record Na sua apresentação como treinador do Benfica, Jorge Jesus disse que o clube tinha bons jogadores - mas que na próxima época eles iriam "jogar o dobro ou mais" do que tinham jogado nesta. Alguns comentadores não perceberam a ideia e outros disseram que Jesus poderia obrigar os jogadores a "treinar o dobro" mas não a "jogar o dobro". Muita gente ainda não percebeu que o rendimento de um jogador depende em boa parte do treinador. O exemplo mais categórico é o FC Porto de Mourinho: no ano em que chegaram a campeões europeus, aqueles jogadores renderam o que nunca tinham rendido nem voltariam a render em parte nenhuma. Veja-se o caso de Maniche, ou de Paulo Ferreira, ou de Derlei. Mas há muito mais exemplos. Com Shevchenko passou-se o contrário: mudou-se para o Chelsea de Mourinho e nunca conseguiu atingir o nível que alcançara em Milão. E que dizer de Drogba, um fenómeno que com Scolari quase se tornou um jogador vulgar? Os casos abundam. O próprio Cristiano Ronaldo tinha um determinado rendimento quando jogava no Manchester e outro, muito diferente, nos jogos da Seleção. Como explicar isto? - perguntará o leitor. É simples: o lugar a que um jogador joga, o esquema que o treinador monta, a dinâmica que a equipa consegue, o espírito que se cria - confiante ou receoso -, tudo isso contribui poderosamente para o rendimento de um futebolista. Não se trata, portanto, de treinar mais - mas de render mais. Trata-se de colocar os jogadores onde possam dar o máximo - e de criar uma dinâmica de jogo que dê à equipa outro fulgor e faça os jogadores superarem-se. Não quero dizer que Jesus o consiga. Apenas digo que isso é possível.
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