Aos 26 anos, o avançado do Madrid fixa-se como segundo melhor marcador português nas Eurotaças com 30 golos. Com a mesma idade, o rei Eusébio já somava 41. Eis os três melhores momentos de cada um deles
1962 Final da Taça dos Campeões, em Amesterdão. Ao intervalo, o Real Madrid ganha 3-2, com hat-trick do húngaro Ferenc Puskas. Na segunda parte, o Benfica dá volta com um golo de Coluna e dois de Eusébio, o primeiro de penálti e um outro de livre directo. No 4-3, há uma história hilariante. Antes da marcação, o histórico defesa Santamaría, autor da falta, passa pelo avançado e chama-lhe “maricón”. Eusébio não percebe e pergunta a Coluna o que é ele quer dizer com aquilo. “Olha, marca o golo e chama-lhe cabrón”. Dito e feito... A parte do golo, pelo menos.
1964 Segunda eliminatória da Taça dos Campeões. O Benfica é um rolo compressor e prepara-se para atingir a quarta final europeia nos últimos cinco anos. Os suíços do La Chaux-de-Fonds apanham 5-0 na Luz, com um golo de Eusébio. “Marquei muitos golos e quase todos foram bons. Houve um, com o La Chaux-de-Fonds, em que tabelei com o Simões, levantei a bola sobre um defesa, depois sobre outro sem que ela tocasse no chão e rematei de primeira, ainda com a bola no ar, à entrada da área. Quando a bola entrou para o fundo da baliza, o guarda-redes veio mesmo apertar-me a mão e disse-me que não havia qualquer hipótese de parar aquele remate. Acabámos por ganhar facilmente esse jogo por 5-0.”
1968 Meia-final da Taça dos Campeões, em Turim. Em vantagem na eliminatória (2-0 na Luz, com golos de Torres e Eusébio), o Benfica já sonha com a final em Wembley. É quarta-feira, 15 de Maio. No domingo anterior, o Benfica ganha 8-0 ao Varzim com seis golos de Eusébio. É este o nome que concentra as atenções naquela noite europeia. A Juventus domina amplamente mas não entra na área do Benfica, até que aos 68 minutos há uma falta a 35 metros da baliza de Antolin. À medida que Eusébio ganha balanço, os adeptos italianos reagem ruidosamente mas ninguém acredita realmente no remate directo. Ninguém, menos o Pantera Negra – que avança convicto e aplica um pontapé fortíssimo. A bola só pára no ângulo superior esquerdo. Fantástico.
2008 Quartos-de-final da Liga dos Campeões. “Foi lá acima ao segundo andar” é daquelas expressões radialistas da velha guarda, quando um salta mais que todos os outros. Acontece isso com o número 7 do Manchester United no Olímpico de Roma. A um cruzamento de Paul Scholes, o português eleva-se como se fosse um basquetebolista da NBA a afundar e cabeceia como se fosse rematar com o pé. Doni nem a vê passar. É o golo da noite e o cabeceamento do ano. Um lance de rara beleza e a definição de Ronaldo como jogador completo: pé direito, pé esquerdo e cabeça.
2009 Quartos-de-final da Liga dos Campeões. O FC Porto empata 2-2 em Old Trafford e anima-se para a segunda mão. No Dragão, a festa é portuguesa, sim, mas para o lado do extremo do Manchester United. Já não lhe basta ser o jogador mais rápido em campo, aquele que atinge 33,6 km/h, como ainda marca um golo supersónico a Helton, daqueles sem avisar nem nada. Ronaldo recebe a bola perto do meio-campo, avança uns metros, não muitos, e dá um coice na bola que ela só pára na baliza. A distância é de 33 metros e a velocidade da bola atinge os 106 km/h. A UEFA não tem dúvidas em dar-lhe o prémio de golo do ano.
2011 Liga dos Campeões, fase de grupos. O Ajax serve para limpar vidros e também a alma do Real Madrid. Sem apresentar exibições convincentes, a equipa madridista demora a entrar no jogo com os holandeses e só desbloqueia o nulo numa jogada de antologia. Sergio Ramos corta a bola e entrega-a a Özil. O alemão dá quatro toques rápidos e passa-a a Ronaldo, este tabela com Kaká, que devolve a Özil, que desmarca Benzema na direita para o cruzamento do francês e entrada de rompante de Ronaldo, sem hipótese para Vermeer. Um a zero. Com sete passes e 13 toques em apenas 13 segundos, o Madrid abre a contagem e Ronaldo ultrapassa Luís Figo e José Torres na lista dos melhores marcadores portugueses na Europa. Não é o golo do ano. Ainda...
1962 Final da Taça dos Campeões, em Amesterdão. Ao intervalo, o Real Madrid ganha 3-2, com hat-trick do húngaro Ferenc Puskas. Na segunda parte, o Benfica dá volta com um golo de Coluna e dois de Eusébio, o primeiro de penálti e um outro de livre directo. No 4-3, há uma história hilariante. Antes da marcação, o histórico defesa Santamaría, autor da falta, passa pelo avançado e chama-lhe “maricón”. Eusébio não percebe e pergunta a Coluna o que é ele quer dizer com aquilo. “Olha, marca o golo e chama-lhe cabrón”. Dito e feito... A parte do golo, pelo menos.
1964 Segunda eliminatória da Taça dos Campeões. O Benfica é um rolo compressor e prepara-se para atingir a quarta final europeia nos últimos cinco anos. Os suíços do La Chaux-de-Fonds apanham 5-0 na Luz, com um golo de Eusébio. “Marquei muitos golos e quase todos foram bons. Houve um, com o La Chaux-de-Fonds, em que tabelei com o Simões, levantei a bola sobre um defesa, depois sobre outro sem que ela tocasse no chão e rematei de primeira, ainda com a bola no ar, à entrada da área. Quando a bola entrou para o fundo da baliza, o guarda-redes veio mesmo apertar-me a mão e disse-me que não havia qualquer hipótese de parar aquele remate. Acabámos por ganhar facilmente esse jogo por 5-0.”
1968 Meia-final da Taça dos Campeões, em Turim. Em vantagem na eliminatória (2-0 na Luz, com golos de Torres e Eusébio), o Benfica já sonha com a final em Wembley. É quarta-feira, 15 de Maio. No domingo anterior, o Benfica ganha 8-0 ao Varzim com seis golos de Eusébio. É este o nome que concentra as atenções naquela noite europeia. A Juventus domina amplamente mas não entra na área do Benfica, até que aos 68 minutos há uma falta a 35 metros da baliza de Antolin. À medida que Eusébio ganha balanço, os adeptos italianos reagem ruidosamente mas ninguém acredita realmente no remate directo. Ninguém, menos o Pantera Negra – que avança convicto e aplica um pontapé fortíssimo. A bola só pára no ângulo superior esquerdo. Fantástico.
2008 Quartos-de-final da Liga dos Campeões. “Foi lá acima ao segundo andar” é daquelas expressões radialistas da velha guarda, quando um salta mais que todos os outros. Acontece isso com o número 7 do Manchester United no Olímpico de Roma. A um cruzamento de Paul Scholes, o português eleva-se como se fosse um basquetebolista da NBA a afundar e cabeceia como se fosse rematar com o pé. Doni nem a vê passar. É o golo da noite e o cabeceamento do ano. Um lance de rara beleza e a definição de Ronaldo como jogador completo: pé direito, pé esquerdo e cabeça.
2009 Quartos-de-final da Liga dos Campeões. O FC Porto empata 2-2 em Old Trafford e anima-se para a segunda mão. No Dragão, a festa é portuguesa, sim, mas para o lado do extremo do Manchester United. Já não lhe basta ser o jogador mais rápido em campo, aquele que atinge 33,6 km/h, como ainda marca um golo supersónico a Helton, daqueles sem avisar nem nada. Ronaldo recebe a bola perto do meio-campo, avança uns metros, não muitos, e dá um coice na bola que ela só pára na baliza. A distância é de 33 metros e a velocidade da bola atinge os 106 km/h. A UEFA não tem dúvidas em dar-lhe o prémio de golo do ano.
2011 Liga dos Campeões, fase de grupos. O Ajax serve para limpar vidros e também a alma do Real Madrid. Sem apresentar exibições convincentes, a equipa madridista demora a entrar no jogo com os holandeses e só desbloqueia o nulo numa jogada de antologia. Sergio Ramos corta a bola e entrega-a a Özil. O alemão dá quatro toques rápidos e passa-a a Ronaldo, este tabela com Kaká, que devolve a Özil, que desmarca Benzema na direita para o cruzamento do francês e entrada de rompante de Ronaldo, sem hipótese para Vermeer. Um a zero. Com sete passes e 13 toques em apenas 13 segundos, o Madrid abre a contagem e Ronaldo ultrapassa Luís Figo e José Torres na lista dos melhores marcadores portugueses na Europa. Não é o golo do ano. Ainda...
2 comentários:
Comparar esse merdas ridículo ao grande Eusébio chega a ser insultuoso para aqueles que defendem valores que vão para além do simples chutar na bola!
Totalmente de acordo... Por favor não façam comparações estúpidas! E já agora, falando mais da actualidade, deixem de colocar este merdas do Ronaldo no mesmo patamar que o Messi!
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