1 Vive um passo à frente dos acontecimentos, capaz de surpreender pelo inesperado mas também de encantar pela perfeição. Porque domina os segredos do futebol como desporto coletivo e tem soluções individuais para quase tudo, Axel Witsel pertence ao grupo, cada vez mais restrito, daqueles que, somando muitíssimo à produção global, multiplicam o rendimento dos parceiros. Mesmo considerando que, pelo Benfica, ainda só desvendou uma pequena parte daquilo que sabe, já mostrou ser uma brisa de talento, competência, magia e sobriedade que varre o jogo do primeiro ao último minuto. Atendendo às opiniões de quem lidou com ele – quanto melhor o conhecem, maiores são os elogios – e à previsão do que evoluirá no contexto de uma boa equipa como aquela que Jorge Jesus está a construir, é quase nulo o risco da previsão ousada: estamos no prelúdio de um jogador que, em breve, atingirá nível mundial.
2 Senhor de conceito global do jogo, Witsel tem campo de ação extraordinário e uma particularidade interessante: raramente confirma as primeiras impressões que deixa. É alto mas possui articulação motora fantástica; é esguio mas guarda a bola como se fosse lutador de sumo; joga a um ou dois toques mas, quando é preciso, revela-se condutor perfeito a alta velocidade. O belga confirma a razão de César Luis Menotti, quando o velho mestre argentino afirma que “o parâmetro mais importante no futebol não é a dinâmica mas o conhecimento do jogo”, acrescentando os três valores que o identificam: ocupação do espaço, avaliação do tempo e antecipação do erro.
3 Espontâneo e imprevisível, Witsel cumpre regras e é desobediente; seduz pelo modo como segue a pauta e pela exaltação das invenções extraordinárias; por ser funcionário e espírito livre com dotes de artista; por ser competente e mago, que toca bombo mas também pode ser solista ou até dirigir a orquestra. É um jogador multifacetado, com vocação para ser o trapézio dos mais ousados; a partitura de apoio a quem só sabe tocar de ouvido; o mapa que orienta a ação dos mais imaginativos; o comandante silencioso (a autoridade é muito difícil de alcançar aos 22 anos) que inspira nas dificuldades e arrefece na euforia. Mais do que pensar duas ou três jogadas à frente, ele vê o jogo como cadeia de factos previsíveis para os quais é preciso ter resposta imediata. Põe a máquina a funcionar e ainda oferece a exceção da capacidade inventiva deslumbrante.
4 Witsel é o jogador dos novos tempos: talentoso, inteligente, versátil, intenso, forte, responsável e abrangente; que tem argumentos individuais incríveis mas conhece os benefícios de jogar com os outros; que dispõe de sentido tático notável mas revela arte para iluminar os caminhos que conduzem à baliza adversária. Apto para o excecional, o belga alimenta os hábitos quotidianos do funcionamento da equipa, razão pela qual funciona como garante de segurança e equilíbrio. É impressionante como, suportado em cálculo, não danifica o instinto; sendo um geómetra não abdica da liberdade para criar; valorizando a ordem impõe-se por imaginação e habilidade. Witsel é a súmula da evolução do médio-centro, aquele que mantém influência, brilho e eficácia jogando à esquerda e à direita; atrás, à frente, de trás para a frente e da frente para trás. Nem mais nem menos.
2 Senhor de conceito global do jogo, Witsel tem campo de ação extraordinário e uma particularidade interessante: raramente confirma as primeiras impressões que deixa. É alto mas possui articulação motora fantástica; é esguio mas guarda a bola como se fosse lutador de sumo; joga a um ou dois toques mas, quando é preciso, revela-se condutor perfeito a alta velocidade. O belga confirma a razão de César Luis Menotti, quando o velho mestre argentino afirma que “o parâmetro mais importante no futebol não é a dinâmica mas o conhecimento do jogo”, acrescentando os três valores que o identificam: ocupação do espaço, avaliação do tempo e antecipação do erro.
3 Espontâneo e imprevisível, Witsel cumpre regras e é desobediente; seduz pelo modo como segue a pauta e pela exaltação das invenções extraordinárias; por ser funcionário e espírito livre com dotes de artista; por ser competente e mago, que toca bombo mas também pode ser solista ou até dirigir a orquestra. É um jogador multifacetado, com vocação para ser o trapézio dos mais ousados; a partitura de apoio a quem só sabe tocar de ouvido; o mapa que orienta a ação dos mais imaginativos; o comandante silencioso (a autoridade é muito difícil de alcançar aos 22 anos) que inspira nas dificuldades e arrefece na euforia. Mais do que pensar duas ou três jogadas à frente, ele vê o jogo como cadeia de factos previsíveis para os quais é preciso ter resposta imediata. Põe a máquina a funcionar e ainda oferece a exceção da capacidade inventiva deslumbrante.
4 Witsel é o jogador dos novos tempos: talentoso, inteligente, versátil, intenso, forte, responsável e abrangente; que tem argumentos individuais incríveis mas conhece os benefícios de jogar com os outros; que dispõe de sentido tático notável mas revela arte para iluminar os caminhos que conduzem à baliza adversária. Apto para o excecional, o belga alimenta os hábitos quotidianos do funcionamento da equipa, razão pela qual funciona como garante de segurança e equilíbrio. É impressionante como, suportado em cálculo, não danifica o instinto; sendo um geómetra não abdica da liberdade para criar; valorizando a ordem impõe-se por imaginação e habilidade. Witsel é a súmula da evolução do médio-centro, aquele que mantém influência, brilho e eficácia jogando à esquerda e à direita; atrás, à frente, de trás para a frente e da frente para trás. Nem mais nem menos.
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