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26 agosto 2011

Meio-Campo tem a cara de Witsel


Axel Witsel é a nova jóia da coroa do Benfica. O internacional belga conduziu as águias até à fase de grupos da Liga dos Campeões e demonstrou definitivamente que Jorge Jesus tem entre mãos uma opção incontornável para o sector intermediário. Aliás, a presença de Witsel no onze encarnado obriga mesmo a uma série de transformações, com o meio-campo do conjunto orientado por Jesus a desenhar-se já - a partida com o Twente foi exemplo disso mesmo - à imagem do futebolista ex-Standard de Liège. Jogador completo, Witsel revela um posicionamento exímio no relvado, desempenhando com elevada eficácia as tarefas ordenadas pelo treinador encarnado tanto a nível defensivo como ofensivo, beneficiando a equipa dos seus processos simples e futebol a um/dois toques.

Com a contratação de Witsel, o 4x1x3x2 utilizado por Jorge Jesus nas duas primeiras épocas no comando do clube da Luz parece assim condenado à extinção, uma vez que o jogador belga é considerado pelo técnico uma das peças fundamentais na estratégia da equipa. Aliás, Jesus não lhe tem poupado elogios, soltando-os praticamente a cada partida, nomeadamente após a segunda mão com o Trabzonspor e com o Twente. Na última quarta-feira referiu que o camisola 28 "é um jogador com características especiais" e que está ainda "a crescer e a conhecer a obrigação táctica" que deve ter na Luz, e já na Turquia tinha frisado: "Foi um jogador inteiro. É jovem, mas culto tacticamente. Ele e Aimar são compatíveis." Esta é precisamente uma das premissas de Jesus para a nova época. A ideia do técnico encarnado é colocar Witsel no apoio a Javi García, funcionando quase num duplo pivô defensivo e permitindo maior preponderância a Aimar no ataque.

A presença de Witsel altera alguns fundamentos das águias - antes do jogo com o Feirense, Jesus disse que o plantel deste ano foi escolhido não só pela questão técnica, mas também pela capacidade física - e permite a El Mago uma maior liberdade de movimentos. Além de ter uma menor preocupação na missão defensiva, pois Javi García ganha agora um novo apoio para o trabalho de sapa, o camisola 10 percorre um maior espaço na frente de ataque, respondendo para já a alto nível, como se verificou com o Twente.

A ganhar cada vez mais o seu espaço na Luz, Witsel parece ter finalmente apresentado argumentos que levem a que Jesus termine com a sua rotação entre o onze inicial e o banco de suplentes. O camisola 28 tinha sido titular apenas em três das seis partidas oficiais já disputadas pelas águias, precisamente nas eliminatórias de acesso à Champions (primeiro com o Trabzonspor, na Turquia, e depois no duplo confronto com o Twente). A partir de agora, já não falta quem diga que o onze encarnado será formado por Witsel... e mais dez. Na próxima segunda-feira, na deslocação ao terreno do Nacional, Witsel deve ter assegurada pela primeira vez a titularidade na Liga, tentando repetir as exibições que tem feito na Europa.


Festejos de golos já são um clássico

A forma como Witsel festejou os golos surpreendeu muitas pessoas. A atitude do camisola 28 após cada um dos golos, juntando as mãos em forma de uma ave e "dando-lhe asas", fez até equacionar uma celebração dedicada ao Benfica, em homenagem à águia, símbolo do clube da Luz. Porém, este festejo é já um clássico do internacional belga, que assim comemorava também cada golo marcado ao serviço do Standard e ainda pela sua selecção. Uma das inspirações do festejo está precisamente nas origens de Witsel. O pai do atleta é da Martinica, ilha que tem o colibri como um dos seus símbolos. Ora, o médio é bastante apegado às raízes familiares e por isso simula, após cada golo, o voo daquela ave.


1 comentários:

Bastaram poucos jogos para notar o grande valor desde jogador. É um jogador completo, tanto nos equilíbrios defensivos, como nos desequilíbrios ofensivos. É elegante na forma de jogar, tem classe, é inteligente, usa processos simples mas eficazes, e é tacticamente perfeito. Tecnicamente é muito evoluído também! Por estes motivos, Axel Witsel é, na minha opinião, a melhor contratação do SLB até ao momento, quando faltam poucos dias para encerrar o mercado de tranferências. Na minha opinião, Axel Witsel é também ele um potenciador de valor noutros elementos, a saber: Pablo Aimar, pela liberdade que terá e pelo facto de não ter de se preocupar com tantas questões defensivas; Javi Garcia, pelo apoio nas missões defensivas (a falta que o Ramires fez no ano passado); Extremos (dos dois lados), pelos mesmos motivos, não precisam de fechar tanto ao meio o jogo defensivo, e consequentemente os avançados, onde chegará certamente mais futebol este ano.
Gostaria de deixar uma referência para as contratações de Nolito e Artur, cujo valor é inquestionável, e cujos negócios para o SLB foram magníficos (vieram ambos a custo zero).
Globalmente o plantel tem mais recursos, muito mais qualidade (e ainda não vimos o Rodrigo e o Nelson Oliveira em acção). Também Jorge Jesus me parece um treinador mais equilibrado e comedido, tanto nas exposições públicas (excelente resposta ao Vitor Pereira) como a nível de sistema táctico para os jogos: este 4-2-3-1 será, penso eu, o sistema predominante, passando o clássico 4-1-3-2 a ser alternativa. "Culpa" do Axel Witsel! :)

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