Jorge Jesus abandonou o “corredor da morte”. Depois de uma época desgarrada, marcada pela ausência de resposta de um conjunto de jogadores que tinham a “aprovação” do próprio treinador do Benfica, entretanto dispensados e substituídos por outros de maior capacidade, os encarnados parecem estar de regresso a um padrão de exigência futebolística que, pela sua excelência, deve ser sublinhado.
Jorge Jesus pode respirar de alívio. Porque levou o Benfica a alcançar o primeiro objetivo da temporada e porque, consciente do que quer, volta a colocar a equipa a jogar um tipo de futebol que a ninguém pode deixar indiferente. Um futebol de ataque total, às vezes desenfreado, no qual participam quase todos os jogadores – e esse é um dos segredos do Benfica desde que JJ chegou à Luz. Nem sempre foi assim, nestes últimos três anos, mas foi quase sempre assim. O Benfica tem identidade, à imagem do seu treinador.
Com os retoques realizados no plantel, JJ pode jogar, conceptualmente, como quer: com a defesa subida, com os sectores próximos uns dos outros e os jogadores perfeitamente sabedores dos terrenos que devem pisar. A equipa joga em pressão alta, isto é, mostra a sua obsessão de recuperar a posse de bola, num processo que obriga os jogadores a demonstrarem enorme disponibilidade física.
Extraordinária a forma como o Benfica colocou ontem em campo o seu conceito futebolístico: sobre as faixas, com Gaitán e Nolito, a fecharem espaços e a participarem nas manobras defensivas; no meio, com os três “guardiões do templo” (Javi García, Witsel e Aimar) a fazerem um notável trabalho de compensação, preenchendo os espaços que é necessário, dinamicamente, preencher.
Ao onze de ontem “faltou” Saviola, e o “problema” do Benfica é exatamente esse: não poder atuar... com 12. Pela dimensão física e técnica que confere ao futebol da equipa, Witsel tem de jogar. É um jogador de “todo-o-terreno”, muito inteligente (joga simples) e resistente. Essa resistência permite-lhe ser um apoio fundamental do médio mais defensivo (Javi García) e do médio mais ofensivo (Aimar).
Jorge Jesus, em condições normais, vai ter sempre um “jogador a mais”, uma espécie de “joker”, que estará entre o banco e a titularidade. Esse jogador pode ser Saviola (como foi ontem), mas pode ser, em teoria, Witsel, Aimar, Gaitán, Nolito ou Cardozo, sendo que a equipa fica muito mais completa se atuar com o internacional belga e o 10 argentino e sempre com Javi García, porque o espanhol, pela sua estatura física, é um jogador crucial no espaço aéreo (defensiva e ofensivamente).
Adúvida que se pode suscitar é se, obcecado por um futebol sem praticamente nenhum tipo de contenção, Jorge Jesus não corre o risco de se esgotar, esgotando primeiro a equipa. Em Inglaterra, há um padrão muito próximo deste que JJ defende: “gás” aberto, jogo a jogo, sem poupanças nem calculismos. Um monumento de competitividade. Em Portugal, com tantos cuidados e amplas “doses de bastidor”, esta extraordinária paixão pode ser compensadora? Sim, se essa fosse a mentalidade dominante... Assim, talvez... E sim, de novo, a esta qualidade de jogador estrangeiro, “tipo Witsel”...
Jorge Jesus pode respirar de alívio. Porque levou o Benfica a alcançar o primeiro objetivo da temporada e porque, consciente do que quer, volta a colocar a equipa a jogar um tipo de futebol que a ninguém pode deixar indiferente. Um futebol de ataque total, às vezes desenfreado, no qual participam quase todos os jogadores – e esse é um dos segredos do Benfica desde que JJ chegou à Luz. Nem sempre foi assim, nestes últimos três anos, mas foi quase sempre assim. O Benfica tem identidade, à imagem do seu treinador.
Com os retoques realizados no plantel, JJ pode jogar, conceptualmente, como quer: com a defesa subida, com os sectores próximos uns dos outros e os jogadores perfeitamente sabedores dos terrenos que devem pisar. A equipa joga em pressão alta, isto é, mostra a sua obsessão de recuperar a posse de bola, num processo que obriga os jogadores a demonstrarem enorme disponibilidade física.
Extraordinária a forma como o Benfica colocou ontem em campo o seu conceito futebolístico: sobre as faixas, com Gaitán e Nolito, a fecharem espaços e a participarem nas manobras defensivas; no meio, com os três “guardiões do templo” (Javi García, Witsel e Aimar) a fazerem um notável trabalho de compensação, preenchendo os espaços que é necessário, dinamicamente, preencher.
Ao onze de ontem “faltou” Saviola, e o “problema” do Benfica é exatamente esse: não poder atuar... com 12. Pela dimensão física e técnica que confere ao futebol da equipa, Witsel tem de jogar. É um jogador de “todo-o-terreno”, muito inteligente (joga simples) e resistente. Essa resistência permite-lhe ser um apoio fundamental do médio mais defensivo (Javi García) e do médio mais ofensivo (Aimar).
Jorge Jesus, em condições normais, vai ter sempre um “jogador a mais”, uma espécie de “joker”, que estará entre o banco e a titularidade. Esse jogador pode ser Saviola (como foi ontem), mas pode ser, em teoria, Witsel, Aimar, Gaitán, Nolito ou Cardozo, sendo que a equipa fica muito mais completa se atuar com o internacional belga e o 10 argentino e sempre com Javi García, porque o espanhol, pela sua estatura física, é um jogador crucial no espaço aéreo (defensiva e ofensivamente).
Adúvida que se pode suscitar é se, obcecado por um futebol sem praticamente nenhum tipo de contenção, Jorge Jesus não corre o risco de se esgotar, esgotando primeiro a equipa. Em Inglaterra, há um padrão muito próximo deste que JJ defende: “gás” aberto, jogo a jogo, sem poupanças nem calculismos. Um monumento de competitividade. Em Portugal, com tantos cuidados e amplas “doses de bastidor”, esta extraordinária paixão pode ser compensadora? Sim, se essa fosse a mentalidade dominante... Assim, talvez... E sim, de novo, a esta qualidade de jogador estrangeiro, “tipo Witsel”...
0 comentários:
Enviar um comentário
Qual a tua opinião?
Usa e abusa deste formulário para tecer as tuas ideias em defesa do GLORIOSO SLB!!