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05 novembro 2010

Três zeros à esquerda? Não, três-zero para a esquerda

Há um momento em que César Peixoto se vai virar para a câmara e dizer: "Perguntem-lhe a ele, que ele é que é o defesa. Eu sou médio." Ele é Fábio Coentrão. Num vídeo da responsabilidade da BenficaTV a circular no YouTube, Peixoto foge de uma responsabilidade que devia partilhar com Coentrão: a de defender. A sorte dele (de Peixoto) é Coentrão ter-se feito um miúdo atinadinho, de coro, que tudo faz para não levar puxões de orelhas do professor. Hoje, Coentrão é aquilo que ele quiser ser, seja atrás, no meio ou à frente. Dizer que ele é um defesa-esquerdo está errado - Coentrão é um lateral. Para justificar a distinção, recuperemos dois exemplos: 1) Paolo Maldini, um tipo alto, posicional, quase um central adaptado à linha e que acabou a carreira no centro; 2) Roberto Carlos, um futebolista explosivo e ofensivo com a linha de fundo nos olhos e o golo na ponta do pé esquerdo.

Fábio Coentrão é muito mais Roberto Carlos do que Paolo Maldini mas é precisamente do antigo clube do mito italiano (AC Milan) que chega um interesse continuado na sua contratação - os dois golos ao Lyon, num jogo feito como suposto defesa, parece acelerar o futuro do rapaz das Caxinas. Fábio Coentrão está na moda e na moda também estão os jogadores como ele - além do português, a Europa olha para Gareth Bale (Tottenham) e Marcelo (Real Madrid).

O RESGATE DE RYAN Giggs. Parece que finalmente apareceu alguém para encher as medidas do fato de treino do maior ídolo do País de Gales: Gareth Bale, 21 anos, oriundo de Cardiff e de todos os sítios com estradas amplas onde ele pode acelerar à vontade do freguês. Foi assim que Bale fez de Maicon - o putativo melhor lateral direito do mundo - um jogador vulgar, quase banal. O Tottenham ganhou por 3-1 ao Inter de Milão com duas assistências do jovem galês e no final os italianos da "Gazzetta dello Sport" chamaram-lhe marciano. "É de outro planeta", escreveu-se. Maicon disse que não, que o miúdo era apenas um terráqueo que acabara de ter uma boa noite. De sono, que depois do jogo Bale seguiu para a casa dos pais para gozar as folgas. "É um bom profissional", diz Redknapp, o treinador. Bale é um miúdo talentoso que esteve para se perder; não pelas mesmas razões de Coentrão mas por lesões. Duas, graves, nos joelhos. Recuperou para tornar-se no futebolista de maior rendimento do Tottenham, clube que esperou por ele enquanto lambia as feridas. Barcelona e Real Madrid têm-no referenciado.

A ESCOLHA MARCELO Mourinho chegou ao Real Madrid e pediu o defesa Kolarov (Lazio) que acabaria por se transferir para o Manchester City. O treinador português não confiava em Marcelo, o brasileiro gingão, com cara de Robinho (mais barba, menos barba) e estilo a condizer: nada a apontar em termos ofensivos, tudo a duvidar no momento defensivo. Mas o carioca de 22 anos tinha encantos escondidos e Mourinho acabou por apaixonar-se por ele - agora, ninguém lhe tira o lugar nem a condição de cúmplice preferido de Ronaldo na esquerda.

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