A história faz as pazes com o passado muitas vezes. E Paulo Bento, com a sua convocatória a Carlos Martins, inspirou o número 17 do Benfica. Cabeça fria e coração quente, é a receita do Sr. Tranquilidade para o confronto com a Dinamarca. Ontem à noite, só ligaram os 22 à tomada na segunda parte. Na entrada em campo, viu-se estratégia, manha e muita tática. Servida a frio e com chuva: o Glorioso a jogar avançado no terreno e o Sp. Braga atrasado a apostar no contra-ataque; muita posse de bola para o Benfica, algumas jogadas rápidas e perigosas dos arsenalistas.
Foi um SLB irregular, o mesmo desta época, que jogou a noite passada. Mas com um Senhor Aimar e um Martins endiabrado, que fizeram o jogo e os três pontos. Grandes bisgas de Carlos Martins, na carreira de tiro. Aliás, este na ala direita, em rotação ao centro com Pablito, foi uma boa solução destra para esta partida. Bem dizia eu há uma semana que Coentrão tinha de recuar à defesa com o SCB, que este não era jogo para Peixotos (assobiado na entrada, a 5’ do fim). Mas Fábio ficou cá atrás, com uma parede bracarense a tapar-lhe as subidas. E sem ele, a velocidade ficou-se pelas pernas de Aimar que mete muita mecha nos primeiros 45’. Mas Carlos Martins compensou. É que cá atrás, Maxi continua a pagar a despesa física do Mundial e David Luiz continua muito nervoso. Já estávamos todos muito nervosos, aliás, quando, de pé canhoto, à oitava tentativa, um balázio de Martins dá 3 pontos. Saviola não concretiza, mas assiste como só ele.
Depois veio o turbilhão e 6 minutos de compensações. Quem é que Duarte Gomes queria compensar? Foram 6 para compensar os 5 pontos que Domingos queria levar de avanço, à saída da Luz? Paciência.
Kardec, tiveste a tua oportunidade de fazer de Tacuara. Continua à escuta e manda postais. Ai, escutas é que não.
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