O que valem os resultados dos nossos clubes na última ronda europeia? Registaram-se derrotas do Benfica e do Braga, triunfos do FC Porto e do Sporting. Já alguém reparou que estamos numa espécie de II divisão da Europa?
Na Liga dos Campeões, prova que congrega os maiores emblemas do Velho Continente, originários de Espanha, da Inglaterra, da Itália, da Alemanha, percebe-se a existência de uma I divisão. Na qualidade dos elencos, na vitalidade financeira, no peso institucional. Atributos que se estendem a alguns países futebolisticamente emergentes, caso da Rússia, que põe petróleo na bola e outros gazes ainda, susceptíveis de lhe conferir mais argumentos para o sucesso.
O Benfica e o Braga, nossos representantes, vão experimentar grandes dificuldades numa luta desigual. É que a II divisão vale menos que a I divisão.Na Liga Europa, prova que acolhe uma enxurrada de clubes das mais diferentes latitudes, configurando uma imaginária III divisão, joga-se futebol menor, menos competitivo, distante das melhores anunciações.
O FC Porto e o Sporting, nossos representantes, vão experimentar grandes facilidades numa luta desigual. É que a II divisão vale mais que a III divisão. É tudo uma questão de divisões? Dir-se-á que é muito uma questão de divisões. Os clubes portugueses, posicionados no segundo patamar europeu, têm pouco para crer na Liga dos Campeões, têm muito para crer na Liga Europa. Só precisam de estar convenientemente alinhados. Com os seus defeitos, com as suas virtudes.
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