Envolvido em múltiplos tabuleiros, uns estratégicos outros verdadeiros, o Benfica entrou com o pé direito na Liga dos Campeões. O rendimento da equipa frente ao Hapoel esteve alguns furos acima da norma da época até agora - e Jorge Jesus voltou ontem a confessar algo que nenhuma conjuntura de forças do mal é capaz de disfarçar: "o Benfica não está com o andamento do ano passado" por vários factores, incluindo-se neles o "custo" provocado pela participação de cinco jogadores no Campeonato do Mundo.
Gaba-se, naturalmente, a abertura de espírito do treinador do Benfica, ainda que se entenda que num ambiente de vitória é mais fácil dispor de lucidez - seja para reconhecer carências no comparativo com o ano anterior seja, até, como foi o caso, para admitir que o árbitro russo que pisou o relvado da Luz poderia ter assinalado um penálti contra o Benfica por falta de Luisão quando ainda prevalecia o nulo, o que se pode traduzir por uma ideia mais generalizada: independentemente da nacionalidade, os árbitros borram a pintura quando menos se espera.
A pressão é, sabe-se bem, má conselheira; tolhe raciocínios; e nem sempre é fácil retomar a razoabilidade…
Exemplo flagrante? Deu-o ontem mesmo Cardozo. O paraguaio está a ter um arranque de época sofrido e fez o que não devia depois de um e outro movimento tosco na frente de ataque: quando acabou por ser o autor do segundo golo do Benfica mandou calar o "terceiro anel" que o assobiara, o que gerou numa vaia ainda maior.
Cardozo fez um escusado haraquiri?
Claro que sim. No final do jogo assumiu o erro e pediu aos adeptos que o perdoem pelo excesso.
Ver-se-á mais tarde se o restabelecimento da confiança é possível. Certo para já é que Cardozo teve abertura de espírito para recuar e perceber que nem sempre o que parece é.
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