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Guimarães inteligente e venenoso vence Benfica nervoso e sem discernimento
Este jogo e o resultado final resume-se bem na forma como as duas equipas entraram em campo, com o Guimarães a actuar de forma inteligente, cautelosa mas venenosa e o Benfica nervoso, ansioso e com pouco discernimento. Numa partida de futebol interessante e imprevisível, começou por ser a equipa da casa a ganhar superioridade, pela sua velocidade, determinação e confiança, o que fez com que fosse mais perigosa, perante um Benfica algo desconcentrado, com pouca dinâmica e que só acordou depois do primeiro golo. Reagiu depois, meteu mais velocidade nas suas iniciativas, mas definindo sempre de forma deficiente o seu último passe. Ainda chegou ao empate, teve ascendente e, com um futebol mais directo e objectivo, tentou ganhar, mas os riscos que correu foram-lhe fatais. Com as substituições, o Guimarães soltou-se mais, teve mais espaço e chegou à vitória porque foi a equipa que melhor soube aproveitar os erros adversários.
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Campeão diferente e com vida complicada
O que se viu em Guimarães e neste arranque de época foi um Benfica claramente diferente ao da época passada, na qual entrou de forma excepcional, apostando num estilo de jogo rápido, com naturalidade, dinâmica e boa capacidade física dos jogadores, que lhes permitiu aumentar progressivamente os níveis de confiança. Agora, vemos um campeão com falta de frescura física, por certo consequência da participação de alguns jogadores importantes no Mundial, uma vez que tiveram menos descanso e a mesma carga física durante a pré-época, o que faz com que as coisas saiam de outra forma. Além disso, sempre que surgiam dificuldades, Fábio Coentrão e Di María, por exemplo, superavam os obstáculos. E neste jogo Coentrão e Gaitán, que até deram alguma dinâmica à equipa, não chegaram para garantir o triunfo. Falta também confiança e isso é um problema que o Benfica terá de contornar, sob pena de ver a liderança ficar cada vez mais distante numa época em que a corrida ao título não será apenas a três porque também o Sporting, pelo que tem mostrado, estará no lote da frente. Ou seja, neste início de época, o Benfica não atingiu ainda o nível da anterior e os seus adversários directos, FC Porto, Braga e Sporting, estão mais fortes.
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Manuel Machado ganha jogos das substituições
Decisivas foram as primeiras duas substituições operadas por Manuel Machado, aos 52', uma vez que o técnico do Guimarães percebeu que estava a perder o meio-campo, dada a maior intensidade de jogo do Benfica. Com a entrada de Flávio Meireles, principalmente, e de Rui Miguel, a equipa recuperou o equilíbrio e segurança defensiva e os jogadores da frente tiveram maior liberdade para criar problemas à defesa do Benfica, culminando essa vantagem com a obtenção justa do golo da vitória, precisamente pelo Rui Miguel. Do lado contrário, as substituições não surtiram efeito, porque o Benfica ficou menos esclarecido sem Carlos Martins em campo e deixou de criar tanto perigo sem Gaitán. Por isso considero que Manuel Machado venceu o jogo das substituições.
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Nilson infeliz e Roberto com suficiente menos
Muito se tem dito e escrito sobre as exibições dos guarda-redes, nomeadamente de Roberto. Neste jogo, a infelicidade tocou a Nilson, no lance do golo do Benfica, enquanto o guardião dos encarnados não teve culpas nos dois golos sofridos, embora em um ou outro remate de fora da área tenha tremido. Ainda assim e até ao momento, Roberto continua a demonstrar que não é um guarda-redes que transmita confiança à equipa, algo que é fundamental para que esta se solte mais e apresente uma maior consistência e segurança no seu jogo. Frente ao Setúbal, na jornada anterior, até defendeu um penálti, mas isso foi apenas um lance. Mas não foi por ele que o Benfica perdeu este jogo porque os dois golos do adversário nasceram em jogadas ofensivas da equipa de Jorge Jesus, com perdas de bola e falhas de marcação que foram devidamente aproveitadas pelo Guimarães, que soube jogar muito bem no erro do seu opositor.
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Coentrão e Martins perdem para João Ribeiro e Ricardo
O Benfica viveu muito das iniciativas de Carlos Martins, um jogador que foi perigoso pela qualidade dos seus passes em diagonais, a meter a bola entre o central e o lateral, explorando principalmente a velocidade e capacidade técnica da dupla Coentrão/Gaitán que, sem fazer um jogo brilhante, esteve nos melhores lances dos encarnados. No entanto, como melhor jogador em campo destaco João Ribeiro, um jogador que imprimiu boa dinâmica ao ataque do Guimarães e que fez um grande passe para o primeiro golo. Também aponto como decisiva a actuação do central Ricardo, pela forma simples como assumiu as acções defensivas.
2 comentários:
E falar da arbitragem nada? LOL
tempo de ir pÁ secretaria
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