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11 agosto 2010

Revolução com Gaitán no 4x4x2 - Por Paulo A. Teixeira


Por Paulo A. Teixeira in O Jogo

A revalidação do título de campeão nacional é um dos objectivos prioritários do Benfica, que no próximo domingo, diante da Académica, tenciona apagar a má imagem deixada na Supertaça - troféu perdido para o FC Porto. Nesse desafio, o técnico dos encarnados manteve-se fiel ao sistema utilizado na pretérita temporada (4x4x2), mas foi forçado a mexer, em particular na ala esquerda, onde teve de deslocar Fábio Coentrão da lateral para a ala, porque já não tem Di María - transferido para o Real Madrid - e porque Gaitán, o argentino contratado para preencher a vaga aberta pela saída de Angelito, ainda não estava plenamente recuperado de uma pequena lesão lombar, tendo entrado apenas no decorrer da segunda parte. Mas tudo se conjuga para que o ex-Boca Juniors seja encaixado no primeiro onze a apresentar no campeonato, prevendo-se que dessa entrada resulte uma pequena revolução na composição da equipa.

Gaitán só jogou alguns minutos com o FC Porto, mas Jorge Jesus pode confiar-lhe a titularidade no primeiro jogo oficial no Estádio da Luz. Durante a pré-temporada, lembre-se, o polivalente esquerdino - também pode alinhar na posição de apoio à dupla de ataque ou mesmo como segundo avançado - foi sempre testado no 4x4x2. É certo que ainda lhe faltam rotinas e entrosamento necessários para dar a profundidade exigida pelo técnico, mas deixou indicações positivas. Embora não possa ser encarado como uma fotocópia de Di María, tem técnica, boa visão de jogo e pode causar problemas às defesas contrárias, nomeadamente nos passes para golo, uma das características mais apreciadas pelo seu treinador.

A inclusão do jovem argentino também produz benefícios no sector defensivo, que ganha outra consistência e acutilância com o recuo de Coentrão para a posição de lateral, sendo também ele um importante apoio para Gaitán no corredor. Mas, em face da disponibilidade de Maxi Pereira, a transformação pode estender-se ao flanco contrário, onde Maxi Pereira é candidato a reaparecer na defensiva, uma variação que permite a Jesus ter Rúben Amorim para rivalizar com Carlos Martins no meio-campo, em cuja zona central, à frente dos centrais, pode reaparecer Javi García - que na Supertaça perdeu o lugar para Airton -, ficando a estrutura mais próxima daquela que foi a base do Benfica campeão na última época.


4x3x3 é plano na manga

Durante a pré-época, Jesus ensaiou o 4x3x3. Trata-se de um plano B que deu frutos em algumas ocasiões, mas que foi testado sem... Gaitán. Ou seja, se Jesus resolvesse apostar nesta alternativa táctica logo de início contra a Académica, o mais natural seria ver o "substituto" de Di María sentado no banco de suplentes. Neste enquadramento, Airton (ou Javi García), Carlos Martins (ou Rúben Amorim) e Aimar formariam um triângulo no meio-campo, enquanto Saviola, Jara e Cardozo seriam as soluções mais naturais para compor o trio na linha de ataque.


Onze restaurado para a Académica

Mais poder de fogo
Em teoria, Carlos Martins leva vantagem sobre Rúben Amorim. O médio encarnado realizou uma boa pré-temporada, tendo mostrado veia goleadora. Com Martins, o Benfica ganha nas transições para o ataque e, além disso, a meia-distância do camisola 17 é uma arma. Rúben Amorim pode ser considerado numa perspectiva que privilegie maior segurança de jogo, porque é um jogador de equilíbrios.


Profundidade na direita
Maxi Pereira iniciou os trabalhos mais tarde devido à presença no Mundial, mas no domingo deve relegar Rúben Amorim para o banco. Com o regresso do lateral uruguaio, o corredor direito do Benfica ganha maior acutilância e garra. Maxi defende bem e costuma subir frequentemente no terreno.


Lateral voador
Com a eventual entrada de Gaitán, César Peixoto deve ceder o lugar a Fábio Coentrão, que volta a actuar como lateral-esquerdo. As rotinas adquiridas na posição fazem de Coentrão um jogador seguro a defender e ainda melhor a atacar. As várias assistências que tem assinado falam por si.


Patrão da defesa
A contractura no gémeo sofrida no embate com o FC Porto não deve impedir a titularidade de Luisão. Ainda está à procura do melhor ritmo competitivo, mas é a voz de comando da defesa encarnada. Imprescindível para Jorge Jesus, que o pôs a jogar na Supertaça, mesmo se o patrão chegou mais tarde aos trabalhos de pré-época.


Consistência no miolo
Ao dar a titularidade a Airton, Jorge Jesus surpreendeu no jogo da Supertaça. Porém, apesar do valor do médio brasileiro, o estatuto adquirido na última época por Javi García pode motivar a alteração. O espanhol é um recuperador de bolas e tem um bom jogo aéreo, importante nas bolas paradas e no auxílio aos centrais.

1 comentários:

Não quero estar a ser mauzinho, mas após estes dias todos do pós super-taça ainda tenho na ideia de que aquele jogo foi perdido propositadamente...

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