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25 agosto 2010

Os elefantes e os galos - Por José Jorge Letria

Por José Jorge Letria in O Benfica

O cartaginês Aníbal tinha apenas 26 anos quando comandou a sua legião de elefantes, atravessando os Alpes em plena invernia, para conquistar Roma, feito que nunca chegou a cumprir. Alexandre, o Grande, tinha apenas 33 anos quando morreu de causas misteriosas, depois de ser senhor absoluto do mundo conhecido, com estatuto de quase divindade.

Agora querem transformar um treinador jovem, depois de uma vitória isolada mas nem por isso menos merecedora de reflexão e análise, num chefe carismático, num líder natural de homens. Um aspecto ficou à vista nesta primeira aparição a valer: o jovem treinador do FCP incute nos seus jogadores uma agressividade, um sentimento proximo da raiva que talvez o deixe talhado para vir um dia a comandar a selecção da Nova Zelândia, herdeira, como se vê no râguebi, de uma ancestral tradição guerreira.

Mas deverá ser assim o futebol? Se assim não fosse, como poderia o jovem treinador, nos comentários imediatamente a seguir ao jogo, falar, calculadamente, de um “grito de revolta”. Mas revolta contra quê? Contra o título tão justamente conquistado pelo Benfica na época anterior? Contra o facto de os resultados recentes do Benfica, na pré-época, terem feito vibrar, legitimamente, os benfiquistas? Contra o facto de o Benfica ter reocupado na vida desportiva portuguesa o lugar que por direito lhe pertence? Se está aí a causa da revolta, então até somos capazes de tentar perceber. Só que, aí, a revolta, em boa verdade, devia ter outro nome. Daqui para a frente, semana após semana, de forma continuada, consistente e sem excessos de agressividade, é que se vai ver quem tem elefantes em número suficiente para chegar a Roma. O que vai contar é o trabalho, a constância, o talento e a perseverança. De boas gargantas precisam os galos, mas esses já estão no emblema da Selecção de França há muitos anos, mesmo tendo saído de crista murcha da África do Sul.

1 comentários:

Mesmo assim não vai ser fácil deita-los abaixo agora.


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