NÃO correu bem a operação de segurança no Porto. Devia ter corrido melhor e se as consequências foram poucas, a imagem do autocarro do Benfica atacado por duas vezes à pedrada não abona a qualidade da missão dos responsáveis policiais. Nem a chuva de bolas de golfe atiradas para o campo. Nem a imagem arrepiante das duas senhoras a chorar na berma da estrada, depois de terem sido atacadas e agredidas.
Sejamos claros: em tais casos, não basta lamentar a ocorrência e cruzar os braços na procura de culpados. Este tipo de violência, como outros países já provaram, só não pára, porque nem há vontade política, nem policial.
A questão, obviamente, não é desportiva, mas de ordem pública e todo e qualquer cidadão tem o direito a sentir-se protegido quando quer assistir a um espectáculo, seja ele de ópera, seja de futebol.
Não é admissível, num país supostamente moderno e democrático ouvir, em inquéritos de rua, afirmar que «só se estivesse louco é que levava o meu filho a um jogo destes». Precisamente, porque é com «jogos destes» que o futebol pode e deve ser promovido.
Seria, de facto, profundamente lamentável que não se apurassem responsabilidades pelo que se passou e não se encontrassem soluções para o futuro, seja no Dragão, seja na Luz, seja em Alvalade, ou em Freixo de Espada à Cinta. Definitivamente, em qualquer circunstância, a violência pública, como a que se viu, tem de ser banida, frontal e energicamente. O futebol não pode continuar a ser derrotado pelo ambiente que alguns marginais decidem criar em redor dele.
1 comentários:
Mais ou menos intolerável violência. Já estava na altura de as virgens ofendidas gritarem por justiça e segurança no futebol.
(dum recente comunicado do FCP)
"O clube, de resto, é o denominador comum nos seguintes factos: morte de espectador numa final da Taça de Portugal; ataque a uma equipa de hóquei em patins, que deixou um atleta do FC Porto em coma; incêndio de um autocarro de portistas em visita ao pavilhão da Luz; invasão de campo e agressão a um árbitro assistente; conivência e apoio a claques não legalizadas, que acarreta multas a ritmo quase semanal, devido ao lançamento de material pirotécnico diversificado; colocação estratégica de stewards num túnel, a fim de provocar a equipa adversária".
Faltou: ataque com pedras ao autocarro do FCP este ano, numa deslocação ao sul. Ataque com intenção de matar ao carro do presidente do FCP. Se não fosse sabido o quanto os adeptos do slb são perigosos, o Sr. PDC não teria reforçado o vidro do carro e não estaria entre nós neste momento.
O SLB é multado quase todas as semanas por mau comportamento do público. Só mto raramente se consegue ver isso na tv, os realizadores já devem entrar com a lição bem estudada. Mas a punição nunca avança de multas irrisórias para interdição do estádio.
Vamos a ver se todas estas vozes contra a violência continuam a sua cruzada depois da próxima visita do FCP à capital.
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