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06 maio 2010

Crónica da Semana - Golfe, isqueirada e misérias - Por João Gobern


Por João Gobern in Record

As circunstâncias que rodearam o clássico do Dragão são motivo de orgulho para todos os desportistas nacionais. Ficámos a saber da existência de mais duas secções no FC Porto: uma de golfe, com a particularidade de estar na moda uma variante que dispensa os tacos, o equipamento tradicional e até os "greens"; outra, muito mais certeira, que se dedica à isqueirada, modalidade com todos os condimentos para se tornar um fenómeno de popularidade. Claro que o isqueiro pode ser aperfeiçoado, uma vez que não serve para acender ou alumiar, mas apenas como arma de arremesso.

Percebemos que os respetivos praticantes não gostam de dar a cara, preferindo fazer lançamentos furtivos e assobiando para o lado quando pressentem a proximidade de uma câmara de televisão. Por exemplo: nas imagens da Sport TV viu-se bem o homem que fez de Jorge Jesus o seu alvo particular. Aposto que já passou a gravação para DVD, com o objetivo de a mostrar à família e aos amigos. Pena que as "implacáveis" forças de segurança não tenham tido oportunidade de ver o que o país viu. Percebeu-se, enfim, que não é uma modalidade ao alcance de todos, depois de presenciarmos o "falhanço" de Luisão, depois de alvejado à entrada do túnel. Não dá para aquilo...

Houve outras inoperâncias, dentro e fora de campo. Fora, avulta o momento da declaração categórica de um responsável policial, garantindo não ter havido pedradas ou similares ao autocarro do Benfica, desde o hotel ao estádio. Teve azar: o repórter televisivo de serviço desmentiu-o de imediato, com o argumento irrefutável: "Eu vi...". Olegário Benquerença, apesar do olho de lince que lhe permitiu oferecer por três vezes o cartão amarelo a jogadores do Benfica nos primeiros quinze minutos (dois deles absurdos, os de Di María e Fábio Coentrão, um terceiro duvidoso, o de David Luiz), não conseguiu ver dois ataques (falhados, é certo, mas bem percetíveis) de Raul Meireles a pernas adversárias nem dois penáltis (carga sobre Maxi Pereira, mão na bola em livre marcado por Di María) que seriam claríssimos, noutro estádio e noutro ambiente.

Razão teve Jesualdo Ferreira: a expulsão de Fucile é ridícula. Sobretudo por ser tardia - com igualdade de critérios, teria deixado o terreno de jogo logo aos 17 minutos. Feitas as contas, pouco importa: o FC Porto julga ter salvo a honra, o Benfica conseguiu salvar jogadores suficientes para entrar em campo no próximo domingo. E até os distantes adeptos do Sporting, apesar da oitava derrota e de somarem 42 pontos perdidos para os 45 conquistados, puderam festejar os golos do FC Porto. E talvez o do Braga, mesmo marcado em fora-de-jogo. É bom que todos descubram motivos para celebrar - sempre se evitam as depressões.

2 comentários:

Este homem a escrever é um espectáculo, dá gosto ler. Simples, conciso e directo. Adoro vê-lo na zona mista ao sábado à noite na RTP N, dá um banho de bola ao Bruno Prata.

Carrega Benfica contra estes inergúmeros!

Mais ou menos intolerável violência. Já estava na altura de as virgens ofendidas gritarem por justiça e segurança no futebol.
(dum recente comunicado do FCP)
"O clube, de resto, é o denominador comum nos seguintes factos: morte de espectador numa final da Taça de Portugal; ataque a uma equipa de hóquei em patins, que deixou um atleta do FC Porto em coma; incêndio de um autocarro de portistas em visita ao pavilhão da Luz; invasão de campo e agressão a um árbitro assistente; conivência e apoio a claques não legalizadas, que acarreta multas a ritmo quase semanal, devido ao lançamento de material pirotécnico diversificado; colocação estratégica de stewards num túnel, a fim de provocar a equipa adversária".
Faltou: ataque com pedras ao autocarro do FCP este ano, numa deslocação ao sul. Ataque com intenção de matar ao carro do presidente do FCP. Se não fosse sabido o quanto os adeptos do slb são perigosos, o Sr. PDC não teria reforçado o vidro do carro e não estaria entre nós neste momento.

O SLB é multado quase todas as semanas por mau comportamento do público. Só mto raramente se consegue ver isso na tv, os realizadores já devem entrar com a lição bem estudada. Mas a punição nunca avança de multas irrisórias para interdição do estádio.

Vamos a ver se todas estas vozes contra a violência continuam a sua cruzada depois da próxima visita do FCP à capital.

P.S. Acerca da expulsão do Fucile: assim como o amarelo do Di Maria é ridículo, tb é o do Fucile nessa mesmo jogada. Por isso ele nunca seria expulso ao minuto 17, se estivesse um árbitro competente em campo. Apanharia o seu primeiro amarelo aos 17 e continuaria a estar presente quando sofre penaltie e é expulso por simulação. Já agora, acerca dessa jogada, já não se consegue ver na tv porque a jogada é cortada cirurgicamente de forma a ocultar isso. O fucile seguiu a jogar. Mesmo no chão, passa a bola ao Hulk que está em posição priveligiada (e sozinho) de rematar à baliza e marcar. É neste momento que o árbitro (para quem lhe quer chamar isso) interrompe a jogada. Nunca ouvi falar de uma "simulação" ser falta. O amarelo é sempre mostrado numa interrupção de jogo não de forma a cortar uma jogada clara de golo...

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