Por Octávio Ribeiro in Record
Ainda a época se iniciava e elogiei abertamente nesta página o patinho feio do ataque do Benfica - Weldon. Já então se notava a utilidade que Weldon sempre gritava nas suas escassas oportunidades. Não são muitos os jogadores que vencem a penumbra da ausência nas convocatórias do técnico com as qualidades intactas. Por isso dele sublinhei na altura que, permitam-me a citação, "ataca cada lance como se a bola fosse pão e ele esfaimado".
Os últimos jogos só fazem reforçar esta ideia de avidez na busca de algo positivo no combate sobre a relva.
Weldon não é um craque na relação com a bola, por isso algumas vezes o primeiro toque sai-lhe largo. Não é também um predestinado na arte de adivinhação que faz de alguns pontas-de-lança autênticos midas do golo. Não. A Weldon tudo o que de bom acontece é pago com muito suor, muito esforço. Muita vontade instalada. Algures no seu passado, na sua genética, ou na sua estrela, encontram-se certas as razões para uma atitude constante de tanto inconformismo perante o destino.
Jesus decidirá o futuro deste avançado que faz da velocidade, da emulação atlética, do respeito pelos sacrifícios táticos, as suas principais armas. Jesus decidirá.
Mas um jogador que entra sempre motivado para tirar o seu emblema e o seu técnico de apuros. Que esquece meses de apagamento entrecortados com notícias que o davam de saída. Um jogador destes dá jeito em qualquer plantel. Mesmo num grande clube como o Benfica.
Se, para a próxima época, Jesus decidir manter Weldon na Luz, só se poderá dizer: bem feito!
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