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03 abril 2010

Do milhafre à águia real


in Correio da Manhã

Benfica: As histórias dos símbolos vivos e dos homens que carregam as aves favoritas dos encarnados

Para muitos benfiquistas, não há dúvidas: o verdadeiro Paixão do Benfica é o José Manuel, o ‘homem da águia’, que nasceu em Beja há 52 anos e que durante quase duas décadas deu a volta ao relvado do Estádio da Luz antes do início dos jogos levando na mão a águia Sara e, mais tarde, a Glória, que, na verdade, são milhafres. Mas tudo mudou num Dia dos Namorados, a 14 de Fevereiro de 2008, quando os encarnados receberam os alemães do Nuremberga para a Taça UEFA e Paixão foi impedido pelos ‘stewards’ de cumprir o ritual. Nunca mais pisou o relvado – mas nessa altura já todos conheciam a águia Vitória, protagonista do famoso voo que antecede os jogos do Benfica e emociona os espectadores na Luz, que tem o falcoeiro espanhol Juan Bernabé como responsável.

A história dos símbolos vivos do clube encarnado mudou na inauguração do novo estádio, a 25 de Outubro de 2003, quando a águia real de Bernabé impressionou de tal maneira os responsáveis que estes lhe pediram que o ‘show’ se tornasse regular. Paixão foi perdendo protagonismo, sendo cinco anos mais tarde aquela partida europeia a ditar o fim de um símbolo, pelo menos no estádio, visto que continua a visitar as Casas do Benfica "por amor" e "sem cobrar um tostão a ninguém".

"Chorei nesse dia", lembra Paixão ao CM. Mesmo assim, diz não querer "entrar em polémicas", apontando apenas o dedo àqueles que, dentro do Benfica, já vinham "a sentir ciúmes" da sua popularidade. Mas o alentejano não fecha a porta, garantindo que sonha com o dia em que voltará a olhar do relvado para as bancadas da Luz com a sua Glória no braço. "Se me pedissem, voltava", confessa.

Também Juan Bernabé, o falcoeiro espanhol, não teve vida fácil nos primeiros tempos na Luz. Viu todo o seu património ser-lhe retirado com uma acusação de tráfico de aves que quase o deixou falido mas viria a ganhar a luta nos tribunais, recuperando todas as aves, inclusive a que fez o voo inaugural do estádio. Actualmente, a águia Vitória caracteriza-se por uma vertente solidária, fazendo visitas frequentes a hospitais infantis e escolas, tendo recolhido vários fundos.

Quanto a Paixão, o antecessor como homem do símbolo – na altura, um milhafre –, Bernabé revela que sempre tentou ser seu amigo mas não sentiu reciprocidade. "Sempre tentei ser seu amigo mas ainda hoje não sei se o consegui." O espanhol alega, inclusive, que Paixão tentou mesmo denegri-lo publicamente: "Devia reconhecer que o meu trabalho era notável mas ele disse que andava a explorar o Benfica e incitou as claques contra mim."

AVES DE RAPINA

As duas são aves de rapina e fazem as delícias dos adeptos da Luz. Seguem uma alimentação semelhante, hábitos de vida parecidos e no seu habitat natural são predadoras natas, imagem que levou os encarnados a adoptá-las como símbolos vivos, quem sabe para intimidar os rivais.

O Milhafre, também conhecido por milhano ou bilhano. Tem uma distribuição geográfica vasta e ocorre em África, na Europa e Ásia, Médio Oriente e Austrália, entre as populações que vivem em regiões quentes. O milhafre-preto mede cerca de 55 cm de comprimento e 135-155 cm de envergadura, para cerca de um quilo de peso.

Águia é o nome comum dado a algumas aves de rapina da família Accipitridae, geralmente de grande porte, e carnívoras. A águia real é uma ave de rapina diurna com peso de 2,5 a 7 kg, comprimento de 66 a 100 cm e velocidade de voo de 45 a 50 km/h. É vista regularmente na Eurásia, Norte de África e América do Norte.



APOIOS

SEM FOLGAS

Bernabé está há ano e meio a visitar diversas instituições, sobretudo Casas do Benfica, tendo até já feito parte de uma iniciativa de solidariedade num núcleo sportinguista.

UEFA AUTORIZA

Apesar da rigidez do organismo, a UEFA foi sensível ao espectáculo da águia Vitória e autorizou o voo antes dos jogos europeus do Benfica, mesmo depois de proibir a entrada da Glória de Paixão.

RIVAIS IMPRESSIONADOS

Jogadores e dirigentes rivais, sobretudo estrangeiros, ficam admirados com este espectáculo pouco habitual no futebol.

SAIBA MAIS

CONVITE

Foi o antigo presidente dos encarnados, João Santos, quem convidou José Paixão a tornar as suas aves nos símbolos vivos do SLB.

1983

Foi há 27 anos que Paixão começou por levar a sua antiga ave, Sara, aos jogos do Benfica.

19

É a idade de Glória, ave que Paixão tem hoje e com a qual fez as últimas aparições na Luz.

MECÂNICO

José Paixão vive em Beja, onde é mecânico de automóveis.

VOO DELIRANTE

A águia Vitória voa da bancada da Luz até pousar no emblema do clube encarnado. A actuação desta ave tornou-se num espectáculo dentro de outro espectáculo, o que faz delirar o público da Luz.

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