Por Vítor Serpa in A Bola
JORGE JESUS terá razão quando diz que a eliminatória europeia com o Liverpool será uma final antecipada da Liga Europa. De facto, quem passar será favorito na prova e daí que a expectativa sobre o jogo de Anfield admita uma expressão internacional.
Trata-se, aliás, de uma outra conquista — e não pouco importante — do novo Benfica. Este seu regresso à dimensão da elite europeia, de onde o clube, há muito, andava afastado. Um regresso que ganha força pela qualidade das exibições produzidas, tornando inevitável que a Europa do futebol recupere a memória, quase perdida, de um Benfica de prestígio.
Deve assinalar-se que nome e prestígio de equipas de futebol é algo que custa muito a ganhar e que se torna fácil perder. O Benfica terá ainda de ganhar muito mais do que ganhou este ano e terá de continuar a manter o alto nível exibicional que o tem caracterizado nesta época para fazer acreditar o mundo que o velho e glorioso Benfica está, efectivamente, de regresso e que não se trata de uma situação de mera circunstância. Nessa perspectiva, um bom resultado, uma boa exibição e, principalmente, um expressivo sucesso na eliminatória com uma equipa prestigiada como é a do Liverpool cairia como sopa no mel.
Não é um desafio fácil. Menos fácil ainda quando o Benfica tem como primeiro objectivo, ainda não alcançado, a conquista do título de campeão nacional e o Liverpool terá, agora, como primeiro objectivo chegar à final e vencer a Liga Europa. É preciso confiar no mérito e na sorte. Acima de tudo, é preciso manter, a níveis muito elevados, a alma e a personalidade que devolveram a força e o poder à águia.
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