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23 março 2010

Jesus é obra


Por Luís Antunes in JN

Treinador realizou quase um milagre na nova realidade desportiva das águias

Qualquer comparação entre a actual realidade desportiva do Benfica e a que, sob o comando de Quique Flores, vivia há um ano é pura ficção. A mudança radical, quase um milagre, é obra de Jorge Jesus. O técnico também potenciou a vertente financeira.

A 21 de Março de 2009, a águia rejubilava com a conquista da Taça da Liga, numa final polémica frente ao Sporting. O troféu representou o único triunfo da temporada de um conjunto que havia deixado a Taça de Portugal e o plano europeu ainda em Dezembro de 2008. Doze meses volvidos, o Benfica deixou o mesmo Estádio do Algarve com outro ânimo e a viver uma história bem distinta.

O resultado expressivo frente ao F. C. Porto (3-0) é encarado com naturalidade face à qualidade e demonstração de poder no percurso encarnado. Jorge Jesus é o principal responsável pela revolução que devolveu as vitórias ao emblema da Luz.

Só mesmo a saída precoce da Taça de Portugal, desta vez frente ao Vitória de Guimarães ainda em Outubro, possui traço semelhante à época transacta. No restante, vive-se uma realidade a anos luz.

Na Liga, os números são claros: liderança (58 pontos), com mais 22 golos marcados e menos dez sofridos, face ao terceiro lugar da época anterior (46 pontos). Por outro lado, o jogo de Marselha traduz a nova dimensão e o trabalho de Jorge Jesus. O Benfica conquistou o oitavo triunfo na prova, melhor registo do clube nas competições europeias, e está a apenas dois tentos de igualar semelhante marca no número de golos marcados, 25 contra os 27 da época 1964/65.

Apesar de ainda só ter vencido um título, o treinador parece destinado a ficar na história das águias. Além de revolucionar a vertente desportiva, o jogo atractivo e vistoso apaixonou adeptos e fez disparar as assistências. Mais de meio milhão só na Liga - média superior a 45 mil adeptos por jogo e 30% superior a 2008/09.

A valorização de activos, ainda não quantificável, será outra das principais obras do treinador. Di María, David Luiz e Cardozo podem render um Verão de sonho aos cofres da SAD - mais de 80 milhões de euros.

Os milagres de Jesus ganham ainda outra expressão depois da análise custo/benefício da sua contratação. O Benfica suportou 700 mil euros com a aquisição e paga perto de 500 mil euros por ano até 2012, se exercer a opção da terceira temporada. Investimento que a SAD já recuperou: 2,4 milhões, na Liga Europa, e 400 mil euros, com a vitória na Taça da Liga.

A sociedade já decidiu melhorar o vínculo do técnico, que não possui cláusula de rescisão, mas o timing do preto no branco tem sido adiado. Mais do que a vertente financeira, o treinador deseja garantir uma meta ambiciosa para 2010/11. A existência de uma equipa competitiva no plano internacional e a reafirmação da liderança interna são premissas indiscutíveis. A responsabilidade da escolha dos reforços é outro elemento inegociável para o técnico.

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