Por Rui Farinha in JN
Objectivo é passar aos quartos da Liga Europa, mas águia pisca o olho a um número redondo...
Benfica tem obrigatoriamente de chegar, pelo menos, ao golo número 99, em jogos oficiais esta época, para eliminar o Marselha, mas há uma meta mais ambiciosa: definir cedo a eliminatória e atingir a centena de tentos, o que não é conseguido desde 1992/93.
Aguarda-se um espectáculo de elevada intensidade ofensiva, amanhã em França. De um lado, o conjunto gaulês, que assinou 75 golos desde o início da temporada; por outro, a equipa portuguesa, que está pertíssimo de chegar aos 100 - está em 98. Duas formações bem orientadas, que jogam no campo todo, com bastantes elementos a defender e a atacar.
É óbvio que, quando a partida começar, os encarnados estarão apenas preocupados em ultrapassar a difícil eliminatória. O resultado não foi famoso (1-1) em Lisboa e Jorge Jesus tem, certamente pela frente, o adversário mais difícil da época, especialmente na vertente táctica.
Há, no entanto, um dado incontornável: se quiser chegar aos quartos-de-final da Liga Europa, o Benfica tem obrigatoriamente de marcar à equipa de Didier Deschamps. Um golo chega e sobra se o oponente não o fizer, e isso significaria que o Benfica atingiria os 99 golos. Mas atenção: a equipa de Jesus tem enorme propensão para concretizar na Liga Europa. Tem uma média de 2,18 golos por encontro. Ou seja, tem tendência para não ficar apenas pela vantagem mínima. É inferior, ainda assim, à do campeonato (2,6), mas impõe respeito. As águias já não chegam, sublinhe-se, à centena de golos, numa só época, desde 1992/93.
Outro dos factores que podem animar os lisboetas é que o Marselha não tem sido fiável em casa. Para o campeonato, em 12 jogos, apenas venceu sete. Na Liga dos Campeões, baqueou diante do Real Madrid (1-3) e Milan (1-2). Esmagou, contudo, o FC Zurique por 6-1.
No cômputo geral, até agora, Óscar Cardozo e Javier Saviola têm sido os reis dos golos no Benfica. O duo marcou praticamente metade dos tentos festejados (46), com destaque para o paraguaio, à conta sobretudo dos penáltis.
A uma enorme distância, está Angel Di María e Carlos Martins, respectivamente com oito e seis golos. Ramires já vai em cinco, enquanto a dupla de centrais Luisão/David Luiz "molhou a sopa" em sete ocasiões.
Curiosamente, apenas sete atletas, do actual plantel (já não se contabilizam Shaffer ou Urreta), ainda não tiveram o prazer de colocar a bola no fundo da redes. É o caso de Luís Filipe, Roderick, Miguel Vítor, Sidnei, Mantorras e os reforços de Inverno, Airton e Kardec. Este grupo tem um aspecto em comum: reúne pouquíssimos minutos esta temporada nas pernas.
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